O Museu do Côa vai abrir as portas em 2009, quase 15 anos depois da polémica que suspendeu a construção da barragem sobre o Côa devido aos protestos de ambientalistas e especialistas em arte rupestre.
Segundo João Pedro Ribeiro, subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o Museu do Côa, encontra-se «em fase adiantada de construção e a sua inauguração está prevista para uma data ainda a definir em 2009», depois de um investimento total de 17,5 milhões de euros.
Em declarações à Agência Lusa, João Pedro Ribeiro salientou ainda que «o museu será o principal ponto de acolhimento do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)» que tem como «objectivos essenciais divulgar e contextualizar» os achados e «contribuir para a criação de uma dinâmica cultural na região».
O projecto é da autoria de uma dupla de jovens arquitectos portuenses, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, que ganhou o concurso público internacional para a obra ao propor um edifício com 170 metros de altura, simulando uma «gigantesca pedra» de xisto no betão através do recurso a moldes de silicone, uma técnica já usada pelo PAVC para as réplicas arqueológicas.
Em declarações à Agência Lusa, João Pedro Ribeiro salientou ainda que «o museu será o principal ponto de acolhimento do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)» que tem como «objectivos essenciais divulgar e contextualizar» os achados e «contribuir para a criação de uma dinâmica cultural na região».
O projecto é da autoria de uma dupla de jovens arquitectos portuenses, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, que ganhou o concurso público internacional para a obra ao propor um edifício com 170 metros de altura, simulando uma «gigantesca pedra» de xisto no betão através do recurso a moldes de silicone, uma técnica já usada pelo PAVC para as réplicas arqueológicas.
Segundo o arqueólogo do PAVC Martinho Batista, foram efectuadas apenas quatro réplicas entre as centenas de gravuras encontradas, duas porque estavam submersas e outras por estarem em risco de serem destruídas no próprio habitat.
Já a directora do PAVC, Alexandra Lima, justificou a construção do museu com a «evidente a necessidade de uma estrutura complementar de acolhimento para receber grandes grupos». Agora, é tempo de concluir o projecto do parque e «promulgar o decreto da sua regulamentação», consolidando a sua estrutura funcional.
Por seu turno, Emílio Mesquita, presidente da Câmara de Foz Côa e da Associação de Municípios do Vale do Côa, defende que o museu não deve abrir enquanto não for acertada toda a orgânica envolvida, incluindo a recuperação do troço ferroviário Pocinho - Barca d'Alva.Caso contrário, o museu corre o risco de «falhar irremediavelmente» nos seus objectivos, sustenta o autarca, que quer o envolvimento da população local no projecto.
Já a directora do PAVC, Alexandra Lima, justificou a construção do museu com a «evidente a necessidade de uma estrutura complementar de acolhimento para receber grandes grupos». Agora, é tempo de concluir o projecto do parque e «promulgar o decreto da sua regulamentação», consolidando a sua estrutura funcional.
Por seu turno, Emílio Mesquita, presidente da Câmara de Foz Côa e da Associação de Municípios do Vale do Côa, defende que o museu não deve abrir enquanto não for acertada toda a orgânica envolvida, incluindo a recuperação do troço ferroviário Pocinho - Barca d'Alva.Caso contrário, o museu corre o risco de «falhar irremediavelmente» nos seus objectivos, sustenta o autarca, que quer o envolvimento da população local no projecto.
«Não podemos confiar nas mãos do Estado uma riqueza que diz respeito a todos nós, em especial aos que vivem por cá, para que daí possa surgir desenvolvimento por si só», afirmou o autarca desta região 'entalada' entre os rios Douro e Côa, junto àquela que alguns denominam «fronteira do subdesenvolvimento».
A história deste processo é longa mas teve como ponto alto Outubro de 1995 quando o Governo de António Guterres ordenou a suspensão da construção da mega-barragem na Foz do Côa devido às pinturas rupestres encontradas, entretanto classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade.
Com a identificação de diversos núcleos de gravuras e depois de vários protestos e debate público, nasceu o parque arqueológico que se proclamou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico.
A história deste processo é longa mas teve como ponto alto Outubro de 1995 quando o Governo de António Guterres ordenou a suspensão da construção da mega-barragem na Foz do Côa devido às pinturas rupestres encontradas, entretanto classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade.
Com a identificação de diversos núcleos de gravuras e depois de vários protestos e debate público, nasceu o parque arqueológico que se proclamou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico.
As gravuras são conhecidas desde sempre por pastores locais mas os holofotes nacionais da fama só lhes foram dirigidos depois dos trabalhos do agora IGESPAR, através do arqueólogo Nelson Rebanda, após ter identificado a denominada rocha da Canada do Inferno.
A construção da barragem foi interrompida e a EDP foi indemnizada em muitos milhões de euros mas o esqueleto da obra, ainda inacabada, permanece na paisagem, como marca visível da polémica.
Diário Digital / Lusa
A construção da barragem foi interrompida e a EDP foi indemnizada em muitos milhões de euros mas o esqueleto da obra, ainda inacabada, permanece na paisagem, como marca visível da polémica.
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