A situação está a verificar-se desde Setembro e deve-se à redução das encomendas da Opel e da Renault.
Segundo Júlio Balreira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas (STIMM), "há um conjunto de operários, cujo número não conseguimos especificar porque não são sempre os mesmos, que estão em casa há vários dias".
A situação não está a reflectir-se nos ordenados dos funcionários em causa, mas o dirigente considera que estas 'férias forçadas' são "indiciadoras de problemas" na unidade da multinacional de cablagens da Guarda-Gare. "O que nos foi dito é que a situação é pontual e vai ser ultrapassada, pelo que não afectará o futuro da empresa. Mas vamos estar atentos ao desenrolar da situação", adiantou.
Entretanto, o JN sabe que o pessoal recém-chegado de Itália, onde frequentaram formação para uma encomenda da Fiat, também já foi informado de que terá que ficar em casa a partir da próxima semana. Contudo, Júlio Balreira refere que a manutenção de 500 postos de trabalho até Dezembro de 2009 "continua garantida", de acordo com o compromisso assinado entre o sindicato e a administração da Delphi.
Estes despedimentos estão anunciados desde Maio de 2007, mas têm sido adiados com a chegada de novas encomendas. Primeiro foram cablagens para a Fiat, deslocalizadas à última da hora da Roménia. Mais recentemente, em Agosto arrancou na Guarda a produção de cablagens para uma carrinha da Opel, vinda também da Roménia, que deverá garantir trabalho a 400 pessoas até Dezembro do próximo ano.
Luís Martins / Jornal de Notícias
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