terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CTT: Adesão à greve é de 7%, diz administração

A administração dos CTT disse hoje que a taxa de adesão ao primeiro de quatro dias de greve na empresa é de sete por cento, contra os números do sindicato que avançou 56 por cento.
Em declarações à agência Lusa, o director de Recursos Humanos dos CTT, António Marques, garantiu que num primeiro balanço ao final da manhã se contabilizaram sete por cento de adesão à greve, o que permite à empresa funcionar «com normalidade» e «sem qualquer perturbação».
«Dá também para perceber que a sintonia entre os trabalhadores e os sindicatos não existe neste momento», acrescentou.

Contactado pela Lusa, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, por seu turno, diz que o nível de adesão dos trabalhadores a esta paralisação é «muito bom».
O sindicato diz que, neste momento, 56 por cento dos trabalhadores dos CTT estão em greve.
Os trabalhadores da empresa estão até sexta-feira em greve contra a imposição do novo acordo de empresa que, diz o sindicato, poderá ter efeitos na distribuição da correspondência.

«A greve abrange todos os trabalhadores dos CTT mas será na distribuição da correspondência que ela se fará sentir mais, mas tudo dependerá do nível de adesão que se venha a registar», disse Vítor Narciso.
Os trabalhadores dos CTT já fizeram este ano sete dias de greve, várias manifestações, uma greve de fome de vários dias e ponderam a possibilidade de uma greve parcial antes do Natal.
Na origem do conflito laboral está o novo Acordo de Empresa (AE) que os trabalhadores dos CTT consideram que lhes retira direitos adquiridos e o facto de não terem sido abrangidos pelo aumento salarial de 2,8 por cento.
Durante o período de greve os trabalhadores vão assegurar os serviços mínimos que prevêem, nomeadamente, o funcionamento de uma estação de correios por município e de 15 por cento dos balcões de Lisboa, Porto e Coimbra.
O SNTCT representa cerca de 7.600 trabalhadores e foi um dos seis sindicatos que não assinou o AE dos CTT.

Diário Digital / Lusa

Sem comentários: