O presidente do governo regional da Extremadura espanhola mostrou-se, esta segunda-feira, irritado com a intenção da candidata a primeiro-ministro em Portugal, Manuela Ferreira Leite, de suspender o comboio de alta velocidade.
Em declarações à imprensa regional espanhola, Guillermo Fernandez Vara defendeu que a suspensão do TGV entre Portugal e Espanha «provocaria uma crise entre os dois países», além de que, «quem iria querer assinar qualquer tipo de acordo com um Estado que depois não cumpre os seus compromissos?». No entender deste responsável político do país vizinho, a líder do PSD «está a apelar aos instintos mais primários dos portugueses, quer dizer, o anti-espanholismo». No entanto, Guillermo Fernandez Vara também prefere entregar ao Governo de Madrid o acompanhamento da situação, defendendo que cabe ao executivo liderado por José Luis Rodríguez Zapatero «cumprir o seu compromisso de prazos», no que toca aos corredores espanhóis do TGV.
De resto, também o presidente do Partido Popular (PP) na Extremadura, José António Monago, exigiu ao governo em Madrid que intervenha, sublinhando que «se há um pacto assinado desde 2003 entre Espanha e Portugal que implica o arranque da alta velocidade, este tem que ser respeitado.» »Estou a favor da alta velocidade e é a responsabilidade do executivo de José Luis Rodríguez Zapatero exigir a Portugal que cumpra o que disse», concluiu.
Diário Digital
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