Os dados avançados hoje em Bruxelas são mais pessimistas do que aqueles apresentados em Maio último quando foi estimado em menos 6,5 por cento do PIB o défice em 2009 e menos 6,7 o de 2010. Para Bruxelas a estimativa para 2011 é feita tendo em conta um cenário de políticas económicas inalteradas, enquanto a "derrapagem orçamental em 2009 reflecte a gravidade da queda económica". Já em relação às economias da Zona Euro e da União Europeia as previsões apontam para recuos na ordem dos 4 por cento, mas com tendência para um ligeiro crescimento de 0,7 por cento em 2010. As previsões da Comissão Europeia em relação à economia portuguesa são bem mais agradáveis com uma revisão em alta e um crescimento para menos 2,9 por cento do Produto Interno Bruto em 2009, 0,3 em 2010 e 1,0 em 2011.
Recorde-se que nas Previsões da Primavera, a 04 de Maio, Bruxelas estimava uma contracção de 3,7 por cento em 2009 e uma queda de 0,8 por cento em 2010. A Comissão Europeia considera, ainda assim, que, depois de ter experimentado a recessão mais profunda e longa da sua história, a economia da UE atingiu um ponto de viragem, muito graças às "medidas ambiciosas" tomadas pelos Governos, bancos centrais e União Europeia, que não só impediram um maior agravamento da situação como permitiram o início da retoma. Bruxelas sublinha, no entanto, que os desafios pela frente exigem que a Europa continue a apoiar a sustentabilidade da retoma, continuando a implementar as medidas anunciadas e a melhorar o sector bancário.
RTP
Sem comentários:
Enviar um comentário