A ideia, que Hebert teve em 2003, foi tomando forma em três conferências internacionais realizadas em Londres (2005), Taipé (2007) e, agora, na Cidade de México, onde estão reunidos 400 cientistas de 45 países. Uma das intenções da iniciativa é combinar as capacidades dos países mais prósperos com a riqueza natural dos menos desenvolvidos. Para Hebert, o planeta está destinado a um fim trágico se não começa a conhecer melhor os seus recursos. Um estudo recente do investigador Pavan Sukhdev prevê uma considerável diminuição da diversidade da flora e da fauna até 2050, caso não se aposte em conhecer melhor o meio natural e tomar medidas para o proteger. Naquela data, dentro de 40 anos, ter-se-á perdido 11% da biodiversidade do planeta - o equivalente a uma redução anual de 5% do produto interno bruto (PIB) mundial.
«Quem trabalha na área, acredita que um terço da biodiversidade da Terra pode estar extinta até ao final do presente século, pelo que é necessário apoiar este projecto», sublinhou Paul Hebert. Na Academia Mexicana de Ciências, sede da III Conferência Internacional sobre o Código de Barras da Vida, foi anunciado que já existe um acordo sobre como identificar as espécies vegetais, cujo sistema é mais complexo do que o dos animais. Actualmente, estão classificados - através dos métodos taxonómicos tradicionais - 1,5 milhões de espécies, entre elas 55 mil vertebrados, 100 mil plantas e 1,3 milhões de fungos e micro-organismos celulares.
Diário Digital / Lusa
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