A Comissão Europeia deverá, na terça-feira, rever em alta as projecções de crescimento para Portugal, mas a correcção não deverá ser muito significativa, consideram os economistas contactados pela Agência Lusa. Os economistas contactados pela Agência Lusa consideram que os números devem melhorar, apontando que Portugal pode beneficiar do crescimento dos seus parceiros europeus para melhorar o seu desempenho, mas em reduzida escala.«Espero notícias mais optimistas. Deverá existir uma recuperação mais rápida dos outros países europeus. Como já tínhamos um registo bastante fraco, não caímos porque já estávamos mais baixos, mas é natural que não venhamos a recuperar tanto como as restantes economias», considerou o economista Pedro Pita Barros.
Este professor da Universidade Nova de Lisboa explica que, "globalmente, as economias não afundaram tanto como se previa inicialmente", portanto, "é provável" que as previsões comecem a ser mais optimistas, destacando, no entanto, que, no caso de Portugal, a parte negativa dos ciclos económicos costuma "ser sempre uns meses ou um ano maior". O economista e professor do ISCTE Emanuel Leão considera também que Bruxelas deve "rever em alta" as projecções económicas. "Um pouco por todo o lado, mas também na Europa, as coisas têm corrido melhor do que se esperava, e como dependemos muito da Zona Euro, necessariamente vão rever para cima", afirmou.
Aurora Teixeira, economista e professora na Universidade do Porto, considera que "já existe alguma retoma", sublinhando o aumento nas exportações e a vantagem de Portugal estar alavancado nos outros parceiros europeus. "Não iremos de facto crescer e assim continuaremos enquanto existirem imperativos de correcção de défice, sempre circunscritos a um baixo crescimento. Continuamos a necessitar de grandes correcções a nível orçamental que nos impedem de enveredar por políticas expansionistas", concluiu.
Para João Loureiro, economista da Universidade do Porto, o valor projectado em Maio para 2009 (contracção de 3,7%) não deverá estar "muito distante daquilo que vai ser a quebra efectiva" em Portugal. "Que o PIB vai cair, vai. Na melhor das hipóteses, cairá 3,5%. Se houver uma revisão será para um crescimento melhor, mas não muito melhor", considerou. "Uma coisa é terminar a queda, a outra é começar a crescer. Estancou-se a queda, mas ainda não se começou a crescer. Para 2010, acho que há razões hoje para se estar optimista", concluiu.
Para João Loureiro, economista da Universidade do Porto, o valor projectado em Maio para 2009 (contracção de 3,7%) não deverá estar "muito distante daquilo que vai ser a quebra efectiva" em Portugal. "Que o PIB vai cair, vai. Na melhor das hipóteses, cairá 3,5%. Se houver uma revisão será para um crescimento melhor, mas não muito melhor", considerou. "Uma coisa é terminar a queda, a outra é começar a crescer. Estancou-se a queda, mas ainda não se começou a crescer. Para 2010, acho que há razões hoje para se estar optimista", concluiu.
No Boletim Económico de Outono estão em causa as projecções macroeconómicas para o conjunto dos 27 países membros da União Europeia. A última projecção realizada pela Comissão foi divulgada no passado dia 3 de Maio e apontava para uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) português de 3,7% em 2009 e de 0,8% em 2010. A Comissão lança dois boletins económicos durante todo o ano, o primeiro no início de Maio e o segundo no início de Novembro.
Diário Digital / Lusa
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