Temperatura mínima vai subir a partir de quarta-feira

O Instituto de Meteorologia (IM) prevê uma melhoria do estado do tempo, com uma subida gradual da temperatura mínima, a partir da tarde de quarta-feira, apesar de estar previsto ainda muito frio para a próxima madrugada. A meteorologista Maria João Frada disse à agência Lusa que a próxima madrugada ainda vai ser fria, mas a tendência é para melhorar a partir da tarde. «A próxima madrugada já não vai ser tão fria como a de hoje. Vamos ter uma mudança completa de cenário de hoje para amanhã», referiu.

De acordo com Maria João Frada, a partir da tarde de hoje vai registar-se um aumento de nebulosidade a começar pelo Sul, pelo Barlavento Algarvio, zona de Sines, avançando essa nebulosidade gradualmente para Norte. «Hoje para o final do dia no Litoral a sul do Cabo Mondego já estamos a prever que haja precipitação e uma vez que as temperaturas ainda estão muito baixas é provável que essa precipitação seja sob a forma de neve em sítios onde não é habitual acontecer, como as serras de Monchique e de S. Mamede, que não têm altitude elevada», contou.

Segundo a meteorologista, na próxima madrugada e até ao final da manhã está previsto que o nevão seja maior nas regiões Norte e Centro, onde a neve poderá cair com abundância. «O ar que está sobre Portugal é um ar frio que vem do interior da Europa. Esse ar vai ser substituído gradualmente por ar do Atlântico, muito mais quente, o que faz com que as temperaturas subam significativamente», explicou. Sobre a depressão que afectou hoje de madrugada o arquipélago dos Açores, Maria João Frada disse que abrange o Atlântico é a mesma que vai afectar Portugal Continental.

«É esta mesma depressão que nos vai afectar, mas isso não significa que seja da mesma forma que afectou o arquipélago dos Açores», concluiu. As freguesias de Quatro Ribeiras, Agualva, Vila Nova e Lajes, além de parte da cidade da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores, foram as zonas mais afectadas hoje de madrugada por chuvas fortes, por vezes acompanhadas de trovoadas, que provocaram inundações em dezenas de habitações e fizeram vários desalojados.

Diário Digital / Lusa