O caso do aluno a quem foram apreendidos dois detonadores explosivos é analisado hoje no conselho pedagógico do agrupamento de escolas de Trancoso (AET). O aluno, que o AET considera "problemático", está a ser acompanhado pelo conselho pedagógico e uma eventual suspensão estará posta de parte. A Guarda Nacional Republicana (GNR) prossegue as investigações, que já permitiram identificar um ex--aluno do AET que também tinha na sua posse oito detonadores e apreender 908 detonadores a um agricultor com relações de proximidade aos dois rapazes envolvidos. O agricultor e o ex-aluno, um jovem de 17 anos, foram entretanto constituídos arguidos e aguardam em liberdade o desenrolar do processo.Emanuel Simão, presidente do conselho executivo do AET, diz que o aluno de 15 anos, "é considerado problemático e frequentava um curso especial de formação em carpintaria para obtenção do equivalente escolar". Terá contado a um colega que "tinha detonadores na mochila" e foi este colega quem "alertou o director de turma, que veio a confirmar a existência dos explosivos e alertou a GNR". O aluno terá confessado à GNR que "quem lhe deu o material foi um antigo aluno a quem foram apreendidos oito detonadores". Como os cursos especiais de formação dispõem de regras próprias e "o que se pretende é evitar o abandono escolar", as penas podem passar por tarefas de limpeza ou reparações. A investigação da GNR, que ainda está em curso, identificou "um agricultor de 57 anos, residente em Rio de Mel, e que estava na posse de 908 detonadores usados em pedreiras, mas que não soube explicar a sua posse", disse ao DN Cunha Rasteiro, da GNR da Guarda.
Amadeu Araújo-Viseu / Diário de Notícias
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