sábado, 9 de fevereiro de 2008

Qualidade de Vida em Portugal

Lisboa e Albufeira têm melhor qualidade de vida de Portugal
Os concelhos de Lisboa e Albufeira são os que têm melhor qualidade de vida no país, de acordo com um índice elaborado pela Universidade da Beira Interior

O Índice Concelhio de Qualidade de Vida, elaborado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social daquela universidade, coloca nas últimas posições os concelhos de Vinhais e Sabugal, no Norte e Centro do país.O índice baseia-se no anuário estatístico de 2004 do Instituto Nacional de Estatística sobre o qual foi aplicada «uma metodologia original e inovadora», segundo Pires Manso, professor catedrático da UBI e responsável pelo ODES, autor do trabalho juntamente com Nuno Simões, técnico do Observatório.

Os primeiros 20 classificados por IQV:
Lisboa 205,07; Albufeira 181,04; São João da Madeira 168,57; Porto 161,05; Sintra 158,73; Lagos 158,51; Cascais 148,57; Lagoa 143,95; Vila Franca de Xira 142,82; Aveiro 142,81; Loulé 141,43; Portimão 140,04; Oeiras 135,78; Faro 134,13; Coimbra 133,45; Marinha Grande 131,56; Vila Real de Santo António 130,86; Amadora 130,32; Palmela 128,77; Sines 128,65.
Os últimos 20 classificados por IQV:
Murça 32,55; Figueira de Castelo Rodrigo 31,71; Penedono 30,35; Idanha-a-Nova 30,16; Mondim de Basto 28,97; Cinfães 28,42; Vila Flor 27,98; Carrazeda de Ansiães 27,46; Valpaços 26,56; Vila Nova de Foz Côa 25,09; Alcoutim 23,56; Penamacor 21,89; Boticas 19,34; Terras de Bouro 18,33; Aguiar da Beira 14,97; Penalva do Castelo 14,43; Pampilhosa da Serra 13,69; Resende 12,72; Vinhais 5,32; Sabugal 5,29.
Autarcas descontentes com o Estudo sobre Qualidade de Vida
A maioria dos concelhos da região está no fundo do Ranking do Indicador de Qualidade de Vida elaborado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior

Reacção - Júlio Sarmento, Presidente da Câmara de Trancoso
«Somos um concelho que não está em recessão demográfica»
«Este trabalho de investigação é meramente teórico, usando estatísticas de 2004, sem qualquer trabalho de investigação prática associada, nem pesquisa junto das autarquias locais. Em Trancoso, como noutros municípios, vários equipamentos só se concretizaram depois de 2004. Independentemente do muito, pouco ou relativo mérito do trabalho de investigação, numa matéria complexa, dada a multiplicidade de indicadores e variáveis, constata-se a desactualização dos indicadores face à realidade de hoje, a falta de consideração de outras variáveis e a falta de informação no tratamento de alguns dados. Por exemplo, só a partir de 2004 e 2005 é que surgiram um número significativo de novos equipamentos como o cinema, a biblioteca, o Centro Cultural, o Pavilhão Multiusos ou o hotel Turismo. Trancoso, segundo os Censos de 2001, os últimos publicados, teve no conjunto dos 14 municípios do distrito da Guarda o terceiro melhor resultado demográfico, o que significa que fixou a população. Para além de que, no conjunto da NUT III Beira Interior Norte, Trancoso tem, a seguir à Guarda, o segundo maior número de sociedades e o segundo maior valor de facturação dessas empresas. Pelo que, se tivermos em atenção que o nosso clima e a nossa topografia são pouco atractivos, temos de considerar que se deve à economia, ao emprego e à qualidade de vida o facto de sermos um concelho que não está em recessão demográfica».

Lusa / SOL / O Interior / BandarraFm

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