sexta-feira, 11 de abril de 2008

Guarda: Três centros de saúde com novas instalações este ano

Os centros de saúde de Pinhel, Guarda e Manteigas vão ter até final do ano novas instalações, disse hoje à Lusa Isabel Coelho, coordenadora da Sub-Região de Saúde da Guarda.
Segundo a responsável, o primeiro serviço a ficar com as condições melhoradas será o centro de saúde de Manteigas, cujo edifício foi ampliado e remodelado, num investimento de 600 mil euros.
"Dentro de quinze dias está aberto", garantiu hoje Isabel Coelho, indicando que o atraso na sua reabertura se deveu ao facto de as obras efectuadas "terem sido mais profundas do que estava inicialmente previsto, porque o edifício existente estava completamente degradado".
Para transferir os serviços, que nos últimos três anos têm ocupado instalações cedidas pela Santa Casa da Misericórdia Local, faltará apenas transferir os telefones e "mudar a rede informática".
"São os técnicos da sub-região de Saúde que, de um dia para o outro, fazem a mudança. Vai aproveitar-se um fim-de-semana para que a mudança não interfira com as consultas normais", adiantou.
A coordenadora da Sub-Região de Saúde referiu que o centro de Manteigas foi "ampliado e remodelado para dar mais conforto, qualidade e espaço" aos utentes, acrescentando que todo o edifício dispõe de ar condicionado, situação que não acontecia anteriormente.
Quanto ao centro de saúde de Pinhel, disse que será instalado num novo edifício, que está em fase de acabamento, no mês de Junho.
"Dentro de dois meses está pronto", adiantou, explicando que o atraso na execução da obra se deveu à falência da firma construtora, pelo que houve necessidade de proceder à transferência da empreitada para outra empresa.
Com a entrada em funcionamento do novo equipamento a população de Pinhel ganha "um moderno e funcional" centro de saúde, considerou.
As obras em curso estão relacionadas com acabamentos interiores, electricidade, ar condicionado e instalação de bancadas.

O novo centro de saúde de Pinhel começou a ser construído em 2006 e representa um investimento da ordem dos dois milhões de euros.
Como o edifício do antigo centro de saúde, nas proximidades do local onde está a ser construído o novo, também está em obras de recuperação para acolher uma Unidade de Cuidados Continuados, as consultas externas funcionam num contentor.
Estas instalações provisórias não reúnem as melhores condições de trabalho, situação que motivou o protesto dos funcionários, que promoveram um abaixo-assinado a pedir celeridade nas obras.
Por último, na cidade da Guarda, até ao final do ano, o Ministério da Saúde tenciona abrir as portas a duas novas instalações que substituirão a actual sede do centro de saúde, que funciona num antigo pavilhão do Sanatório Sousa Martins, e segundo Isabel Coelho "não reúne o mínimo de condições para a prática de medicina familiar.

Uma das unidades, a sede do centro de saúde, ocupará um edifício que está a ser construído na cerca do Parque da Saúde, e a outra, uma Unidade de Saúde Familiar (USF), que terá o nome de "Ribeirinha", o antigo Pavilhão Gulbenkian do Hospital da Misericórdia, no centro da cidade, que será adaptado para o efeito.
O edifício sede, actualmente em construção, custa 1,5 milhões de euros e está previsto que seja ocupado em Outubro, referiu a fonte.
Adiantou que a adaptação do segundo andar do imóvel do antigo Pavilhão Gulbenkian para USF deverá concretizar-se até final do ano.
Os dois equipamentos vão contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos cerca de 23 mil utentes do centro de saúde da Guarda, uma vez que as actuais instalações não possuem as melhores condições de trabalho.
"O actual edifício não reúne condições, nomeadamente de acessibilidades, de segurança, de higiene, de privacidade", reconheceu a coordenadora da Sub-Região de Saúde.

Diário Digital / Lusa

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