quinta-feira, 31 de julho de 2008

Despedimentos na fábrica da Guarda adiados para Dezembro de 2009

Delphi recebe projecto da Opel que estaria a caminho da Roménia
Para já, suspira-se de alívio, mas a administração reafirmou os despedimentos de metade dos actuais 1.060 trabalhadores, em Dezembro de 2009, caso não surjam outras soluções que garantam a continuidade dos postos de trabalho.

O despedimento de 540 trabalhadores da fábrica de componentes para automóveis Delphi da Guarda já não vai acontecer este ano, estando assegurada a manutenção dos postos de trabalho até final de 2009.

“A administração informou-nos que os despedimentos previstos para final do mês não se iriam concretizar”, anunciou terça-feira em conferência de imprensa José Ambrósio . “Vamos aguardar, porque a administração da empresa disse que tudo iria fazer para encontrar mais projectos para que os despedimentos não se efectuem nessa altura”, realçou o coordenador do Sindicato dos Metalúrgicos de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra. Segundo foi explicado pela administração aos sindicalistas, “a acontecer esses despedimentos, só se irão verificar em Dezembro de 2009”.

Já antes, Júlio Balreira havia referido que a manutenção dos postos de trabalho por mais ano e meio “deve-se a um projecto para a Opel que estaria para ir para a Roménia, mas, entretanto, foi transferido para Portugal e com isso os postos de trabalho irão manter-se, pelo menos até final do próximo ano”. “Não sendo uma solução definitiva”, porque o “fantasma” do desemprego mantém-se, o sindicalista admitiu tratar-se de “uma notícia agradável, uma vez que não é por agora que os trabalhadores da Delphi ficarão no desemprego”.

Para o futuro, os sindicatos irão “procurar resolver este problema e manter os postos de trabalho na Guarda”, mas reconheceu, “como diz o povo que, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”.
“A maior parte dos trabalhadores da Delphi não se encontra na empresa”, está a gozar férias e, por isso, em finais de Agosto o sindicato promoverá “um plenário geral na empresa” para esclarecer o cenário, “uma vez que estamos a falar de uma situação complicada”.
Apesar de adiados, a administração reafirmou os despedimentos de metade dos actuais 1.060 trabalhadores, em Dezembro de 2009, caso não surjam outras soluções que garantam a continuidade dos postos de trabalho

Diario XXI / Lusa / BandarraFm

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