Júlio Sarmento acha que são feitas mais fiscalizações naquele concelho do que noutros e que, mesmo assim, reina a insegurança .
O presidente da Câmara de Trancoso está 'muito preocupado com o carácter persecutório de um Estado quase policial com que os mercados e feiras de Trancoso são tratados', Numa nota enviada aos órgãos de comunicação, Júlio Sarmento justifica esta acusação com diversas operações da Guarda Nacional Republicana (GNR) e que 'apesar de tanta polícia, continuava-se a viver um clima de insegurança como aconteceu com os casos dos assaltos aos ourives que fazem o mercado de Trancoso', realizado às sextas-feiras.
A acusação é apontada ao Estado, mais propriamente ao Ministério das Finanças, que age por intermédio da GNR e das acções de fiscalização que faz. A crítica surge depois de nos dias 20 e 21, terem sido feitas duas acções de fiscalização na Feira de São Bartolomeu: uma aos organizadores e a segunda aos comerciantes e expositores presentes no certame. '
Esta atitude estranha-se, tanto mais que outras Feiras de Artesanato na região, bem menos significativas, não têm sido alvo de qualquer fiscalização por parte do Ministério das Finanças. Consideramos que a actuação das várias entidades de fiscalização e repressão já identificadas é politicamente dirigida aos mercados e feiras de Trancoso, visando combater a vitalidade e competitividade deste mercado', conclui o autarca.
'NÃO HÁ PERSEGUIÇÃO ÀS GENTES DE TRANCOSO
Contactado pelo Diário XXI, o major José Machado da GNR da Guarda, que coordena o grupo territorial de Trancoso, afirma que 'não entendo as acusações do senhor presidente', e desmente-as.
'Não há perseguição nenhuma às gentes de Trancoso', garantiu. Segundo este responsável, 'as operações que fazemos lá são as mesmas que fazemos noutros locais, não temos motivos especiais para ir a Trancoso', Aliás, segundo o major José Machado, é efectivamente devido aos assaltos aos ourives que ocorreram no último ano que 'reforçamos o policiamento, no sentido de aumentar a segurança tanto aos comerciantes como a clientes',
Mas ressalva: 'Se estamos lá e vimos infracções temos de as referenciar, não podemos calar e deixar passar como se não as tivéssemos visto', Especificamente sobre a operação feita à Feira de São Bartolomeu, o major justificou: 'O que fizemos foi procurar artigos de contrafacção e falsificação de meios audiovisuais. É uma operações normal em feiras e mercados', assegurou ao Diário XXI.
Liliana Machadinha / Diário XXI
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