terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Hipertensão: Investigadores descobrem variação de gene...

Uma equipa de investigadores americanos descobriu um gene cuja variação está relacionada com a hipertensão arterial, uma descoberta com potencial para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra a doença.

Segundo os trabalhos publicados segunda-feira, o gene (STK39) produz uma proteína que desempenha um papel no mecanismo renal que regula a quantidade de sódio no organismo.
"Este avanço representa um bom potencial para melhorar a nossa capacidade de desenvolver tratamentos adaptados a cada pessoa, também apelidada de medicina personalizada, que permite combater de uma forma mais eficaz a hipertensão", estima Yen-Pei Christy Chang, Professor de Medicina e Epidemiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland.
No entanto, o investigador salienta a importância da continuidade das pesquisas nessa área, explicando que a "hipertensão é uma doença muito complexa, em que muitos outros factores genéticos, ambientais e de estilo de vida têm de ser levados em conta".
"O gene STK39 é apenas uma peça importante do quebra-cabeças", acrescenta o cientista, cujo trabalho aparece na edição de segunda-feira dos Anais da Academia Nacional de Ciências Americana. "Queremos determinar como indivíduos com diferentes variações nesse gene respondem aos diuréticos e a outros tratamentos contra a hipertensão ou a alterações no estilo de vida, como a redução do consumo de sal", explicou Christy Chang. "Estas informações devem ajudar-nos a encontrar a forma mais eficaz para controlar a pressão arterial de pacientes com hipertensão", disse, frisando que cerca de 20 por cento da população branca é provavelmente portadora da variação genética do STK39. Os investigadores identificaram a ligação entre a variação do gene STK39 e a hipertensão arterial ao analisarem o ADN de 452 elementos de uma comunidade Amish que vive na Pensilvânia.
Para tal, analisaram ao `scaner` 100 mil marcadores genéticos do genoma, uma nova técnica.
Os cientistas confirmaram a sua descoberta através de testes genéticos que realizaram num outro grupo Amish e quatro outros grupos da população branca dos Estados Unidos e Europa.
Os Amish, uma comunidade religiosa cujos antepassados emigraram da Europa em meados do século XVIII para se instalarem na Pensilvânia, são uma população ideal para a realização desses estudos, pois são geneticamente homogéneos. Além disso, todos os membros desse grupo partilham a mesma dieta e um estilo de vida rural idênticos, explicam os autores da pesquisa que foi financiada pelo Instituto Nacional da Saúde norte-americano.
Lusa/RTP

2 comentários:

Anónimo disse...

cool blog

Anónimo disse...

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