quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Governo britânico considera plano de emergência para emitir mais moeda - imprensa

O governo britânico está a estudar a possibilidade de emitir mais moeda para reactivar a economia perante o receio crescente de que a descida nas taxas de juro não esteja a produzir os efeitos desejados.

Segundo a edição de hoje do Daily Telegraph, o Chanceler do Tesouro e o Banco de Inglaterra poderão emitir mais moeda e usar esse dinheiro extra para comprar activos como dívidas do governo ou das empresas. O Banco de Inglaterra deverá baixar hoje as taxas de juro, mas economistas e outros peritos consideram essa medida ineficaz por entenderem que o principal problema da economia britânica não é o custo do dinheiro mas a disponibilidade de crédito.

O titular da pasta da Economia, Alistair Darling, está sob pressões para intervir junto dos bancos para que comecem novamente a emprestar dinheiro, de acordo com o diário londrino.
Vários empresários do sector retalhista, entre os quais Sir Stuart Rose, presidente da cadeia de armazéns Mark & Spencer, afirmaram quarta-feira que a descida do IVA em 12.000 milhões de libras (13.200 milhões de euros) decidida pelo governo não estava a ter impacto.
O governo está também a considerar a conveniência de subscrever garantias aos empréstimos bancários concedidos aos proprietários de casas e às empresas.
O líder da oposição conservadora, George Osborne, acusou o primeiro-ministro, Gordon Brown, de ter levado o país para a beira da bancarrota."Imprimir dinheiro é o último recurso de governos desesperados quando fracassam outras medidas", disse Osborne. "Não se pode excluir como último recurso para combater a deflação, mas no final a emissão de moeda implica o risco da perda de controlo sobre a inflação e todos os problemas económicos que a inflação traz".
Lusa/RTP

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