Com o intensificar dos combates entre os efectivos terrestres do exército israelita e militantes do Hamas dentro da cidade de Gaza, o Governo português lançou um apelo para o fim das hostilidades. Num comunicado divulgado este domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alinhou pela posição da UE para defender um cessar-fogo em nome da situação humanitária e da "perda de inúmeras vidas humanas".
"Portugal apela uma vez mais à contenção de ambas as partes, considerando imperioso o estabelecimento de um cessar-fogo que ponha fim ao conflito e ao agravamento da situação humanitária", refere o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se mostra particularmente preocupado com o avanço da "campanha militar terrestre iniciada (este sábado) em Gaza". Um dia depois de Israel ter desencadeado a ofensiva terrestre contra Gaza, o Governo de Lisboa reitera ainda total apoio "às iniciativas diplomáticas em curso que visam interromper o presente ciclo de violência".
Paris lidera críticas ocidentais contra Telavive Com os pedidos de um cessar-fogo a ecoarem por todo planeta, é de Paris que parte a posição mais dura do Mundo Ocidental. Ao mesmo tempo que condenou a continuação do lançamento de foguetes" palestinianos, o Governo de Nicolas Sarkozy "condenou a ofensiva terrestre israelita", já depois de a União Europeia ter considerado que Telavive não tem o direito de empreender acções militares que "afectem civis em larga escala". Nesse sentido, o Presidente Sarkozy deverá iniciar esta segunda-feira uma viagem ao Médio Oriente, onde manterá contactos para procurar uma solução para o presente conflito israelo-palestiniano.
Israel pouco sensível a apelos para cessar-fogo. O Presidente israelita Shimon Peres já rejeitou qualquer possibilidade de Telavive colocar um ponto final nas operações da Faixa de Gaza. Peres prefere sublinhar que as movimentações militares desenvolvidas pelo exército israelita se revelam de uma importância vital para combater o terror do Hamas. "Nós não queremos ocupar Gaza ou esmagar o Hamas, queremos antes esmagar o terror", declarou Shimon Peres, ao considerar que "o Hamas precisa de uma lição séria".
Europa contra massacre de civis. Fazendo o apelo a um cessar-fogo, a Presidência checa da UE sublinhou que "o direito inegável de um Estado de se defender não o autoriza a levar a cabo acções que afectem massivamente os civis". A declaração vem assim rectificar uma expressão atribuída ao primeiro-ministro checo, Mirek Topolanek, cujo porta-voz qualificava ontem de "defensiva" a operação terrestre israelita. Já hoje, Karel Schwarzenberg, ministro checo dos Negócios Estrangeiros, inicia uma viagem ao Médio Oriente a frente de uma missão europeia.
RTP/ BandarraFm
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