O FC do Porto venceu este domingo por 2-4, o Nacional da Madeira, num grande jogo de futebol, os insulares até estiveram a vencer por 1-0. O tricampeão ascendeu assim provisoriamente à liderança da Liga portuguesa de futebol, ao vencer no reduto do Nacional, com dois golos nos descontos, em encontro da 13.ª jornada da prova.
O brasileiro Hulk, aos 51 e 93 minutos, o uruguaio Cristian Rodriguez num golo espectacular (pontapé de bicicleta), aos 72, e o argentino Lucho Gonzalez, aos 91, numa grande penalidade decisiva e oferecida por Felipe Lopes (mão na bola despropositada), apontaram os tentos dos portistas. Por seu lado, o brasileiro Edson, aos 14 minutos, e o suplente Miguel Fidalgo, aos 78, marcaram para os anfitriões, que estiveram muito perto de voltar e "empatar" os "dragões", frente aos quais tinham conseguido duas vitórias em 2007/2008.
A vitória da equipa portista só surgiu em período de compensação, quando, ingenuamente, Felipe Lopes provocou uma grande penalidade, que Lucho aproveitou para desfazer o empate a duas bolas que se registava na altura. Num jogo entre duas equipas com apenas três pontos a separá-las, o FC Porto vinha avisado das duas derrotas consentidas na época passada e do empate conseguido pelos madeirenses no Estádio da Luz, na última jornada. A equipa madeirense estava desfalcada do seu goleador, o brasileiro Nenê (sete golos), do lateral esquerdo Alonso e do médio ofensivo Juninho, os dois primeiros castigados e o terceiro lesionado, jogadores que actuaram praticamente em todas as partidas. Manuel Machado voltou a apostar num "3-5-2", desta vez com Cléber a fechar sobre a esquerda do eixo defensivo e com Patacas, na direita e Nuno Pinto, na esquerda, a funcionarem como falsos laterais.
A turma de Jesualdo Ferreira também não trazia novidades, com os quatro homens mais recuados, dois "trincos", um organizador, dois extremos e um ponta-de-lança. Logo aos dois minutos, o FC Porto podia ter chegado ao golo, quando, na sequência de um livre de Raul Meireles, a bola sobrou para Lisandro Lopes, que rematou com força, valendo a intervenção de Bracalli a desviar a bola para a barra. Os madeirenses não acusaram o toque e empurraram o jogo para o meio-campo, ganhando um livre aos 13 minutos, perto da área portista, quando Fernando derrubou Fabiano e viu o cartão amarelo. Na sequência do livre, surgiu o golo do Nacional, quando a bola sobrou para Edson Sitta, que fora da área atirou para a baliza, com Bruno Alves a tentar desviar o esférico, mas a acabar por trair o guarda-redes Helton.
Os tricampeões nacionais tentaram reagir, mas só aos 27 minutos tiveram nova oportunidade de golo, quando Cristian Rodriguez fugiu pela esquerda e cruzou atrasado para a entrada da área, onde surgiu completamente solto Lucho a atirar para boa defesa de Bracalli. Na segunda parte, Jesualdo Ferreira deu um tom mais ofensivo à equipa - trocou Pedro Emanuel por Mariano Gonzalez -, que abriu espaços na sua intermediária, mas colocou mais pressão sobre a defesa da equipa de Manuel Machado. Aos 49 minutos, Cristian Rodriguez ameaçou, com uma cabeçada ao lado da baliza, mas o FC Porto empatou mesmo, dois minutos volvidos, quando Hulk surgiu solto na área a recarregar com êxito uma "bomba" de Lisandro Lopez, que Bracalli não segurou. No seu melhor momento, o FC Porto quase marcava por Hulk, aos 57 e 59 minutos, mas Bracalli defendeu pelas duas vezes os remates do avançado brasileiro. Os portistas continuaram a pressionar e, aos 72 minutos, Cristian Rodriguez fez um belo golo de bicicleta, na área madeirense, após cruzamento da esquerda do recém-entrado Guarin.
Os madeirenses não baixaram os braços e Manuel Machado fez entrar Miguel Fidalgo e Bruno Amaro, com o primeiro, o ponta-de-lança madeirense este ano regressado aos "alvi-negros" após passagem pelo União da Madeira, da II divisão, a marcar a diferença. Apenas seis minutos após a sua entrada, Mateus trabalhou bem na esquerda do seu ataque e cruzou para o centro da área, onde, entre Bruno Alves e Rolando, Miguel Fidalgo saltou mais alto e cabeceou para fora do alcance de Helton. Aos 84 minutos, Lisandro Lopez, em posição duvidosa, isolado perante Bracalli, rematou à figura do guardião brasileiro e, na resposta, foi Fabiano Oliveira quem, sozinho, cabeceou ligeiramente por cima da barra um cruzamento da direita de Patacas.
Sobre o final, o FC Porto voltou à vantagem num lance caricato, quando Felipe Lopes decidiu jogar a bola com a mão, na sua área, após remate aparentemente inofensivo de Hulk, provocando uma grande penalidade que Lucho Gonzalez converteu, aos 91 minutos. Hulk fechou uma bela exibição com o seu segundo golo, aos 93 minutos, beneficiando do espaço dentro da área adversária, sendo imediatamente substituído para os aplausos.
RTP
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