quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Rotações 14 Janeiro 2009

Historic Festival: Talento muda-se para o Algarve

Dias 16, 17 e 18 de Outubro a nata das corridas de viaturas clássicas deslocar-se-á até à freguesia da Mexilhoeira Grande para o primeiro Algarve Historic Festival no Autódromo Internacional do Algarve. A responsabilidade da organização deste evento destinado às viaturas de competição de tempos idos estará a cargo Talento, a empresa de promoção de eventos de Francisco Santos, que no final do ano passado perdeu o papel de promotor que ocupava no Circuito da Boavista após desentendimentos com a Câmara Municipal do Porto. O evento português faz parte do calendário da Historic Grand Prix Cars Association como última prova do ano 2009. Recorde-se que a Talento organizou eventos semelhantes no Circuito do Estoril, no Circuito de Jarama e no Circuito da Boavista, não tendo conseguido fazer o mesmo, como pretendia, em Vila Real e Luanda, ressuscitando agora em Portimão.

Dani Sordo desenvolve Novo C3 S2000

O desenvolvimento do novo carro da Citroen para o Campeonato Mundial de Ralis de 2010, não vai permitir um ano descansado ao piloto espanhol, que além das suas participações integrado na equipa oficial, vai descobrir o novo C3 S2000.
Como foi noticiado em Mm, a FIA decidiu que a aprovação dos futuros WRC a partir de 2010, deve ser feita a partir da aprovação prévia de um S2000, ao qual podem ser adicionados uma série de outros elementos de desenvolvimento e tudo aponta para um kit que, para contenção de custos, não deve custar mais de 30.000 euros…Além deste kit, também a aerodinâmica ainda não está totalmente definida, mas as marcas já pediram a integração de uma caixa automática, como exemplo, 10.000 euros é o custo da caixa automática que equipa os GP2!Enquanto a Ford se prepara para desenvolver o novo Fiesta, a Citroen espera começar já na Páscoa a trabalhar sobre o futuro C3 S2000.Além de Sordo é provável que Sébastien Ogier também dê uma mãozinha no desenvolvimento do novo Citroen WRC, o C3 S2000 que deverá ser apresentado em Outubro.

Simulação de Extracção Rápida com ACDME

No ano em que festeja o 30º aniversário a ACDME deu início às suas actividades com a organização de uma sessão de formação e treino. Tirando partido da gentil cedência de espaço e de um Porsche 911 GT3 RSR por parte da ASM Team.Sob a direcção do Dr. Marcelo Vilares, Médico Chefe da ACDME, em eventos internacionais nacionais de Automobilismo, o grupo de Paramédicos da EMERG especializados levou a cabo várias simulações de Extracção Rápida de pilotos, uma das técnicas mais importantes de qualquer competição automobilística, mas que, felizmente, é pouco vista hoje em dia nas pistas de todo o mundo.Tratando-se de simulações, as únicas diferenças face a uma situação real foram os cuidados tidos com o carro, que, como é óbvio, não pode ser danificado, e o facto do "piloto ferido e encarcerado" ter sido o próprio Dr. Marcelo Vilares sem qualquer tipo de lesão. Situação que, ainda assim, não o impediu de ser imobilizado e retirado do Porsche várias vezes.
"Isto trata-se apenas de simulações com o objectivo de treinarmos e melhorarmos a nossa intervenção. Numa situação real de corrida há cuidados que estamos a ter aqui com o carro da ASM que, por norma, não temos porque o tempo é mesmo vital", começa por explicar o médico. "Uma boa extracção está dependente de muita prática e da troca de ideias e técnicas com outras equipas especializadas de todo o mundo. Além disso, uma boa extracção significa também que o piloto é retirado do carro são e salvo e sem sofrer qualquer tipo de lesão resultante de toda a manobra. Posto isto, e para o tipo de carro em que estamos hoje a treinar, temos um tempo máximo ideal de 6m30s; na ordem dos 4 minutos, como já fizemos hoje, é um bom tempo. Menos que 3m30s é sinal que algo que não foi bem feito," continua. "Agora é claro que estes tempos variam em função do carro. Se estivermos a falar, por exemplo, de um Fórmula 1 teremos de considerar outros tempos. Isto porque, num F1 o piloto é retirado do carro com o banco, que lhe está feito ao corpo e ao qual está bem preso com os cintos de segurança," explica. "De todas as formas, independentemente do tipo de carro de que estamos a falar, entramos em acção sempre com uma equipa de seis elementos; cinco a trabalharem directamente na extracção do piloto e o médico a prestar toda a atenção à manobra e dar ajudas verbais para um melhor e mais célere trabalho da equipa. Um piloto extraído rapidamente e que, depois de examinado, deixa o centro médico pelo seu próprio pé representa um bom trabalho feito por toda a equipa e, é claro, pelos engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento da segurança do carro e dos traçados," aprofunda o Dr. Marcelo Vilares.
O Médico Chefe da ACDME elaborou ainda um pouco mais sobre os demais passos de todo o processo de Intervenção Rápida e Extracção de pilotos em caso de acidentes. "Sempre que um piloto não consegue sair do carro pelo seu próprio pé nós entramos em acção. Desde o momento do acidente o carro Médico tem 2 minutos para chegar ao local e proceder às primeiras avaliações do estado de saúde do piloto. Enquanto isso, a equipa de Extracção Rápida tem de chegar ao incidente em 4 minutos, uma diferença que permite ao médico fazer o seu trabalho inicial. Depois, e mesmo que o motivo do piloto não sair do carro seja apenas uma perna partida, a equipa de Extracção Rápida, que no nosso caso é composta por pessoal do INEM que faz isto no dia-a-dia nas nossas estradas, procede à imobilização do piloto. Primeiro de forma manual estendendo a coluna para evitar compressões enquanto se retira o capacete e o HANS, depois com a colocação do colar cervical e, finalmente, com a colocação do colete de imobilização das costas. Só depois disto e, em certos casos após o prévio corte de alguns componentes do carro, é que o ferido é retirado para a maca rígida e transportado para a ambulância," remata. De salientar ainda que esta equipa médica da EMERG já este em acções de formação em anos anteriores, sendo que, no passado, ficaram sempre muito bem cotados, nomeadamente nos capítulos de coordenação e eficácia.

Dakar 2009, Hélder no Top Five

Prevista como sendo a mais longa especial do Dakar sul-americano, com 670 quilómetros de
extensão, o troço cronometrado da décima etapa acabou por ser encurtado em 200 quilómetros, porém esta alteração não veio diminuir a dificuldade dos motociclistas em concluírem a etapa chilena, rica em animação.
Carlos Sainz venceu mais uma etapa, mas teve forte oposição de Robby Gordon que foi o mai rápido em grande parte do percurso.
Quem esteve muito bem na etapa foi Ricardo Leal dos Santos ao conseguir levar o BMW X5 ao 12º posto. "Finalmente conseguimos fazer uma etapa quase limpa, já que as pequenas coisas que nos aconteceram podem ser consideradas como fazendo parte das dificuldades da etapa que era mesmo bastante dura. Era a etapa rainha e sinto que me saí muito bem. À nossa frente só estão carros de equipas oficiais e dois privados. Foi mesmo muito bom," afirmou o piloto no final.

Classificação etapa
1º Carlos Sainz / Michel Perin - VW Race Touareg
2º Mark Miller / Ralph Pitchford - VW Race Touareg
3º Giniel de Villiers / Dieter Von Zitzewitz - VW Race Touareg
4º Joan Roma / Lucas Senra - Mitsubishi Racing Lancer
5º Robby Gordon / Andy Grider - Hummer H1

Sétimo no arranque da etapa, Hélder Rodrigues perdeu bastante tempo no início do troço caindo para o 17º posto no CP1, contudo o piloto de Sintra realizou uma espantosa recuperação terminando a especial no quarto lugar. De facto, o piloto português não começou o dia da melhor forma ao atrasar-se nos quilómetros iniciais, mas o piloto patrocinado pela TMN retomou um forte ritmo, rodando em 10º no CP3, e dando um gigante salto para o 5º posto no CP5, concluindo o dia, de grande ataque, no pódio da etapa, atrás de Duclos e do espanhol Viladoms, o vencedor da etapa.
Num dia onde a atenção no road-book foi primordial, Hélder Rodrigues soube ainda aproveitar o deslize de Cyril Despres e Marc Coma, que cometeram um grave erro de navegação ao quilómetro 291, para terminar à frente dos dois pilotos oficiais na classificação da etapa.
“Foi uma etapa verdadeiramente alucinante! Este era um dos objectivos que tinha para esta prova. Estou contente por estar a alcançá-los. Igualei a minha melhor posição até agora no Dakar, mas quero melhorá-la e chegar se possível ao terceiro lugar. Estou ainda distante do Cyril, sei que vai ser difícil mas vou batalhar. Tudo pode ainda acontecer”, referiu o piloto português que ocupa agora o quinto lugar na tabela geral.

Classificação geral oficiosa (motos)
1.º Marc Coma
2.º David Frétigné,
3.º Cyril Despres,
4.º Jordi Viladoms,
5.º Hélder Rodrigues
Salvador Cabral / BandarraFm

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