segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Governo apresenta hoje «Iniciativa Emprego 2009»

O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva, apresenta ao final da manhã desta segunda-feira a «Iniciativa Emprego 2009», enquanto o encerramento de empresas progride de forma massiva em resultado da crise económica.
O programa para o Emprego, segundo nota de agenda do Executivo socialista, assentará «em quatro eixos principais: Manter o Emprego; Apoiar os jovens no acesso ao emprego; Apoiar o regresso ao emprego; Alargar a protecção social». A «Iniciativa» surge perante um cenário em que o fecho de empresas gera diariamente centenas de desempregados.

Segundo números na edição do Diário Económico desta segunda-feira, dois terços dos mais de 430 mil desempregados existentes no país são considerados «desprotegidos», ou seja, não realizaram descontos suficientes para aceder ao subsídio de desemprego. O programa do Governo visa a reintegração e o reforço dos aposio a estes desempregados.
Por seu lado, o jornal Correio da Manhã refere na edição de hoje, que a falência de mais de 80 pequenas e médias empresas em Portugal provocou, só no mês de Janeiro, mais de 11 mil novos desempregados. Ou seja, por dia, cerca de 354 trabalhadores perderam o emprego.

Segundo a Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME), a situação poderá piorar se o Governo não avançar com medidas de apoio. "É insuportável para as empresas a manutenção deste clima de insegurança, com falências em massa. Todos os dias há falências, só no mês de Janeiro os nossos serviços contabilizaram mais de 80", afirmou Augusto Morais, presidente da ANPME, citado no matutino. "Amanhã de manhã [hoje] temos cinco empresas para declarar falência, todas com uma média de 35 trabalhadores.

A situação é insuportável", acrescentou Augusto Morais, lembrando que nos últimos quatro meses do ano de 2008 mais de 20 mil pequenas e médias empresas abriram falência. Para o presidente da ANPME, a solução passa por um "novo regime de cobrança de impostos". "Há falências em catadupa porque a carga fiscal não está ajustada à vitalidade das empresas portuguesas", sublinhou.

Diário Digital

Sem comentários: