O embaixador de Portugal na Suíça, Eurico Paes, disse hoje que se o «não» vencer no referendo sobre a recondução do acordo de livre circulação, a realizar domingo, haverá consequências para os trabalhadores sazonais portugueses.
«Se a maioria optar por não prolongar o acordo e a sua extensão à Roménia e à Bulgária, aí há uma consequência grave, sobretudo para a Suíça, que é a caducidade imediata dos acordos com a União Europeia (UE), entre eles o da livre circulação», afirmou à Lusa por telefone o diplomata.
«Todas as pessoas que estão na Suíça ao abrigo deste acordo, entre as quais os trabalhadores sazonais portugueses, deixam de estar protegidas pelo acordo», acrescentou. No domingo, os suíços vão decidir em referendo sobre a recondução dos acordos que permitem aos cidadãos da UE trabalhar na Suíça, entre os quais o da livre circulação, e o seu alargamento à Roménia e Bulgária, que aderiram à União a 01 de Janeiro de 2007. Contudo, o embaixador português está convicto de que o resultado do referendo «não seja negativo».
«Todas as pessoas que estão na Suíça ao abrigo deste acordo, entre as quais os trabalhadores sazonais portugueses, deixam de estar protegidas pelo acordo», acrescentou. No domingo, os suíços vão decidir em referendo sobre a recondução dos acordos que permitem aos cidadãos da UE trabalhar na Suíça, entre os quais o da livre circulação, e o seu alargamento à Roménia e Bulgária, que aderiram à União a 01 de Janeiro de 2007. Contudo, o embaixador português está convicto de que o resultado do referendo «não seja negativo».
«As últimas indicações são de que possa haver uma vitória do sim porque as pessoas estão conscientes da importância que os trabalhadores estrangeiros representam para a Suíça», afirmou. De acordo com Eurico Paes, os trabalhadores estrangeiros representam «cerca de 40 por cento da força de trabalho» naquele país. «Há sectores inteiros em que a maioria dos trabalhadores são estrangeiros, como os serviços hoteleiros», acrescentou. No entanto, o embaixador reafirmou que, caso vença o «não», a consequências serão apenas para os trabalhadores sazonais e não atingem os emigrantes portugueses legalizados, com residência fixa e trabalho regular. Também o conselheiro das Comunidades Portuguesas na Suíça Manuel Beja disse acreditar que o «sim» vai vencer porque «a economia suíça é muito dependente do mercado de trabalho da UE».
«É impossível pensar num mercado de trabalho tipicamente suíço, porque é dominado por trabalhadores da União Europeia», disse por telefone à Agência Lusa. No entanto, Manuel Beja alertou que, apesar de as estatísticas darem a vitória ao «sim», «o número de pessoas favoráveis ao não continua a aumentar». Segundo dados da Embaixada de Portugal na Suíça, existem cerca de 12 mil trabalhadores portugueses sazonais naquele país, numa comunidade de mais de 200 mil emigrantes.
Diário Digital / Lusa
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