A fábrica da PSA Peugeot-Citröen de Mangualde pretende entrar em lay-off durante seis meses, entre Maio e Outubro, o anúncio apanhou os trabalhadores de surpresa, que temem reduções salariais na ordem dos 25 por cento.
Há duas semanas a administração da empresa propôs aos trabalhadores rescisões amigáveis, no entanto o plano não teve a adesão esperada e a administração resolveu avançar para o lay-off.
A Comissão de Trabalhadores está preocupada com a possibilidade de reduções salariais, apesar de ainda não ter muitas informações sobre o plano da empresa, nomeadamente quanto ao número de trabalhadores abrangidos e a quantidade de horas que vão parar. "Depende sempre do número de dias que viermos a parar, mas nós acreditamos que pelo menos 25 por cento do salário poderá estar em risco", revelou Jorge Abreu da Comissão de Trabalhadores, à RTP.
A Comissão de Trabalhadores está preocupada com a possibilidade de reduções salariais, apesar de ainda não ter muitas informações sobre o plano da empresa, nomeadamente quanto ao número de trabalhadores abrangidos e a quantidade de horas que vão parar. "Depende sempre do número de dias que viermos a parar, mas nós acreditamos que pelo menos 25 por cento do salário poderá estar em risco", revelou Jorge Abreu da Comissão de Trabalhadores, à RTP.
Segundo Jorge Abreu, "neste momento que o salário levou já uma redução significativa com a perda de um turno, e a consequente perda de 10 por cento do subsídio de turno, temos salários reduzidos". "O lay-off garante-nos dois terços do ordenado, com uma garantia de salário mínimo e se um trabalhador ficar sem o salário mínimo não tem qualquer tipo de comparticipação", explicou. O responsável pela Comissão de Trabalhadores recordou "que desde Dezembro que os trabalhadores da fábrica de Mangualde estão a ser fustigados com esta perda de direitos, perda de postos de trabalho e perda de salários". Recordo que os trabalhadores da PSA Peugeot-Citröen estão, desde Dezembro, a trabalhar mais uma hora para responder a uma encomenda, mas desde essa altura as condições de trabalho na fábrica têm piorado, com a saída de mais de 500 trabalhadores, a redução de um turno e a criação de bolsas de horas acumuladas. "Não esperávamos que esta empresa neste momento de encaminhasse neste sentido", frisou Jorge Abreu.
A Comissão de Trabalhadores espera conhecer melhor as intenções da empresa para decidir que medidas vão tomar no futuro, para já solicitaram uma audiência ao Ministério do Trabalho para saberem se a PSA Peugeot-Citröen pode avançar com este lay-off. "As informações que temos ainda são muito reduzidas, vamos solicitar um conjunto de informações mais vastas, porque queremos perceber se de facto esta empresa necessita ou não de lay-off", esclareceu. "Não podemos permitir de maneira nenhuma que o lay-off hoje em dia seja uma situação banal e não uma situação de último recurso", concluiu Jorge Abreu.
Rtp
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