A região de Abruzzo, no centro de Itália, continua a sentir réplicas do sismo de segunda-feira. Nas últimas 48 horas, produziram-se perto de 300 réplicas, a mais forte deu-se ontem à tarde, com um abalo que atingiu os 5,3 graus na escala de Richeter. O último balanço dá conta de que 251 pessoas morreram, cerca de mil ficaram feridas, 100 dos quais em estado grave.Há ainda a registar mais de 25 mil desalojados e mais de uma dezena de desaparecidos. As equipas de resgate, que contam com sete mil bombeiros, militares e policias, prosseguem esta manhã na busca de sobreviventes no meio dos escombros. Ontem, uma jovem de 20 anos foi resgatada com vida depois de passar 42 horas entres os escombros da casa onde vivia. No centro histórico de L'Aquila, a capital da província de Abruzzo, nenhuma rua escapou intacta e ontem a Basílica ruiu durante uma das réplicas.
A maioria dos 17 mil desalojados refugiou-se em campos de tendas instalados nos arredores da cidade. Ontem, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, recusou, durante uma conferência de imprensa, a ajuda oferecida por mais de 30 países. "Agradecemos a solidariedade, mas pedimos que não enviem ajuda, temos capacidade de responder à situação. Somos um país orgulhoso e rico. Agradeço mas temos de actuar sozinhos", afirmou o chefe do Executivo.
Rtp
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