quarta-feira, 13 de maio de 2009

Rotações 12 Maio 2009

Rali Sata Açores 2009
Kris Meeke Bisa no IRC


Ao vencer o SATA Rali Açores, o irlandês Kris Meeke (Peugeot 207 S2000) ascendeu ao comando do IRC (Intercontinental Rally Challenge), como consequência do facto de ser o primeiro piloto a vencer duas provas, esta temporada (Rali de Curitiba e SATA Rali Açores).Sétimo na estrada, no primeiro dia, Kris Meeke tirou partido desse facto para ir ganhando avanço sobre os seus opositores, numa táctica que se revelou eficaz, pois o piloto não correu riscos, para no segundo dia gerir, com mestria, o avanço conquistado, por forma a garantir o triunfo. A demonstração da superioridade do piloto irlandês começou logo na segunda classificativa, altura em que assumiu o comando, para não mais o perder, e nas nove vitórias em 17 classificativas, o que significa 50 % de triunfos.Para Kris Meeke «foi um rali muito difícil, em particular hoje, dadas as condições atmosféricas adversas que tivemos de enfrentar, mas estou muito contente por ter conseguido cumprir a prova sem ter cometido erros e penso que esteve aí o facto decisivo do sucesso».
E se cedo o primeiro lugar teve dono, já o mesmo não sucedeu em relação às outras duas posições do pódio, com o checo Jan Kopecky (Skoda Fabia S2000) e o francês Nicolas Vouilloz (Peugeot 207 S2000) a protagonizarem um duelo que acabou por ser favorável ao primeiro, que demonstrou, na estreia da Skoda em terra, que o Fabia é competitivo.No final a prova, Nicolas Vouilloz não escondia ter sentimentos contraditórios ao confessar estar «um pouco desiludido por ter perdido o segundo lugar, mas satisfeito por ter terminado um rali muito difícil e estar num dos lugares do pódio».O belga Freddy Loix (Peugeot 207 S2000), que chegou a S. Miguel no comando do IRC (Intercontinental Rally Challenge) e foi o primeiro comandante da prova, ao ser o mais rápido na Super Especial de abertura, viu as suas esperanças num bom resultado irem por água abaixo, em consequência de um furo, logo na primeira especial do segundo dia, com o tempo perdido a arredá-lo da corrida pela vitória. O quarto lugar final é consequência do despiste do finlandês Anton Alen (Fiat Punto S2000) que, apesar de entrar para a derradeira especial com 5,4 s. de avanço sobre o seu adversário, foi incapaz de resistir “à pressão” e despistou-se, ficando a bloquear a estrada e comprometendo de vez a hipótese de um bom resultado.

Para o belga o quarto lugar não chegou para lhe permitir conservar o comando do IRC.Para o belga, que considerou o SATA Rali Açores «uma prova com classificativas muito belas e difíceis», o resultado «acaba por ser o possível, depois de ter comprometido um bom resultado, com o furo ao fim dos 500 metros da primeira especial. A partir daí vim a recuperar terreno e este resultado acaba por ser aquele a que podia aspirar, depois do que se passou». Com o atraso do finlandês, Fernando Peres (Mitsubishi Lancer IX), vencedor por sete vezes da prova do Grupo Desportivo e Comercial, subiu ao quinto lugar, foi o melhor português e fez uma excelente operação pontual em termos de Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), mostrando que, sem problemas, é capaz de lutar pelas primeiras posições.O hepta-vencedor da prova não escondia no final a satisfação «por um resultado que acaba por significar uma vitória, já que à nossa frente ficaram cinco pilotos profissionais, com os quais não nos podemos bater». Em relação à prova, Fernando Peres confessou que «como sabíamos que hoje ia chover, tivemos a preocupação de andar depressa ontem, para podermos gerir, durante o dia de hoje, em que me senti muito cansado, por falta de preparação física, que não faço desde que fiquei doente, por alturas do Rali de Portugal».A anulação da derradeira especial impediu Conrad Rautenbach (Peugeot 207 S2000) e Ricardo Moura (Mitusbishi Lancer IX) de tentarem desalojar Franz Wittmann (Mitsubishi Lancer IX) do sexto lugar, a que ascendeu pelo abandono do finlandês.

Problemas de transmissão, em duplicado, um em cada etapa, condicionaram a prova do bi-campeão nacional, Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) que continua a ter dificuldades, nas provas internacionais, em traduzir em resultados o seu andamento.Apesar de desiludido com o resultado, Bruno Magalhães considerava «positivo o facto de ter conseguido recuperar uns pontos em termos de Campeonato de Portugal, depois de uma prova em que apesar do “trabalho de casa” bem feita, voltámos a ter problemas inexplicáveis. A transmissão cedeu, das duas vezes, sempre no primeiro de uma “ronde” de três troços, o que me fez perder muito tempo, depois de, na fase inicial, estar na luta pelas primeiras posições».Bernardo Sousa (Fiat Punto S2000) fechou o “top ten”, naquela que foi a primeira prova, desta temporada, que o piloto da Madeira terminou.Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000), que começou o rali em condições físicas deficientes e teve problemas, iniciais, de embraiagem, terminou em 11.º e foi o quinto dos interessados no CPR, manteve o comando do campeonato, agora com nove pontos de avanço sobre Bruno Magalhães e Fernando Peres.

Rali Sata Classificação final:
1º Kris Meeke / Paul Nagle – Peugeot 207 S2000
2º Jan Kopecký / Petr Starý – Skoda Fabia S2000
3º Nicolas Vouilloz / Nicolas Klinger – Peugeot 207 S2000
4º Freddy Loix / Frédéric Miclotte – Peugeot 207 S2000
5º Fernando Peres / José Pedro Silva – Mitsubishi Lancer Evo. IX
8º Ricardo Moura / Sancho Eiró – Mitsubishi Lancer Evo. IX
9º Bruno Magalhães / Carlos Magalhães – Peugeot 207 S2000
10º Bernardo Sousa / Jorge Carvalho – FIAT Punto S2000
11º Vitor Pascoal / Mário Castro – Peugeot 207 S2000
12º Luís Pimentel / Bruno Pimentel – Subaru Impreza N12
13º Pedro Rodrigues / Daniel Araújo – Subaru Impreza N12
14º Ricardo Teodósio / Pedro Conde – Mitsubishi Lancer Evo IX
15º Ricardo Carmo / Justino Reis – Mitsubishi Lancer Evo IX

Classificação IRC
1. Kris Meeke 20
2. Freddy Loix 18
3. Nicolas Vouilloz 14
4. Jan Kopecky 13
5. Sebastien Ogier 10
6. Carl Tundo 10
7. Giandomenico Basso 10
8. Alistair Cavenagh 8
9. Stephane Sarrazin 6
10. Lee Rose 6
14. Fernando Peres 4
26. Ricardo Moura 1

Campeonato Nacional Absoluto:
1.º, Vítor Pascoal 29
2.º, Bruno Magalhães 20
3.º, Fernando Peres 20
4.º, Ricardo Teodósio 18
5.º, Pedro Rodrigues 16
6.º, Ricardo Moura 14
7.º, Adruzilo Lopes 9
8.º, Bernardo Sousa 8
9.º, Nuno Barroso Pereira 6
10.º, Luís Cardoso 5

Classificação do Campeonato Açoreano:
1º Ricardo Moura – 25
2º Luís Pimentel – 16
= Ricardo Carmo – 16
13.º, Manuel Inácio 3
13.º, Francisco Barros Leite 3
14.º, Carlos Matos 2
14.º, Pedro Meireles 2
16.º, Frederico Gomes 1
16.º, Armando Oliveira 1
16.º, Carlos Lopes 1

Salvador Cabral / BandarraFm

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