terça-feira, 2 de junho de 2009

Air France desaparecido

Lista de passageiros sem portugueses

A lista divulgada pelo Governo francês corrige os números inicialmente avançados no que respeita às nacionalidades dos passageiros do avião que desapareceu esta madrugada. A contagem oficial agora avançada não contempla a presença de qualquer português.

De acordo com os números do Ministério francês dos Transportes, a nacionalidade mais representada entre os 216 passageiros e 12 tripulantes é a francesa: no Airbus viajavam cidadãos oriundos de 32 países, 73 dos quais franceses, 58 brasileiros e 26 de nacionalidade alemã. Os restantes passageiros eram chineses (9), italianos (9), suíços (6), britânicos (5), libaneses (5), húngaros (4), eslovacos (3), noruegueses (3), irlandeses (3), norte-americanos (2), espanhóis (2), marroquinos (2), polacos (2). Com um passageiro estão registadas as seguintes nacionalidades: sul-africana, argentina, austríaca, belga, canadiana, croata, dinamarquesa, islandesa, estónia, gambiana, holandesa, filipina, romena, russa, sueca e turca.
O director-geral da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, explicou com o facto de vários passageiros terem mais do que uma nacionalidade o facto de anteriormente terem sido anunciadas listas com várias diferenças. O voo AF 447, uma ligação entre o Rio de Janeiro, no Brasil, e Paris, França, desapareceu dos radares quando sobrevoava o Oceano Atlântico com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo. O A 330 desapareceu dos radares às 6:00 TMG (7:00 em Lisboa), quando estava ao largo da costa brasileira, devendo aterrar em Paris três horas e 10 minutos depois, às 9:10 TMG.

Ainda muitas dúvidas sobre o que poderá ter acontecido ao avião da companhia aérea francesa

O aparelho, um Airbus A-330, da Air France, levantou voo do aeroporto do Rio de Janeiro no domingo, às 22h00 (GMT), com 216 passageiros a bordo e 12 elementos da tripulação. Cerca de quatro horas depois, segundo indicação da Air France, o avião enviou um sinal automático com a indicação da existência de problemas eléctricos. Nesse momento o aparelho estaria a passar por uma zona de forte turbulência.

A Air France tem implementado um sistema que monitoriza de forma contínua todos os sistemas do aparelho (telemetria). Trata-se de um procedimento automático que não implica intervenção humana ou sequer conhecimento dos pilotos. Foi este tipo de sinal que a Air France recebeu 14 minutos depois do aparelho ter entrado na zona de turbulência. Receberam a indicação de "mau funcionamento dos sistemas eléctricos". Esta mensagem automática chegou às 02h14 GMT. Terá sido a última indicação sobre o avião. As dúvidas sobre o que aconteceu ao Airbus 330 são ainda muitas. O porta-voz da Air France disse que "é possível" que o avião tenha sido atingido por um raio quando passava sobre a zona de forte turbulência.

Nessa altura o avião estava a voar sobre o Oceano Atlântico. Terá então desaparecido dos radares o que, à partida, não é indicação de que tenha caído ou explodido nesse momento, uma vez que na passagem pelo Atlântico não há cobertura radar durante uma boa parte do trajecto.
Durante a ausência de controlo radar os pilotos têm que comunicar via rádio, de tempo em tempo, a localização e outros elementos de voo para controlo do tráfego aéreo. Esta situação complica as buscas uma vez que torna mais difícil identificar de forma mais próxima o local onde o aparelho estava quando desapareceu. Estranho é ainda o facto de os piltotos não terem comunicado via rádio qualquer situação sobre o estado do avião.

Rtp

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