Segundo o Banco Alimentar Contra a Fome, leite, atum, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas e óleos são os produtos que devem ser privilegiados. Os produtos recolhidos na campanha, ainda com recurso ao voluntariado, serão distribuídos de imediato localmente a pessoas com carências comprovadas através de mais de 1650 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas e acompanhadas ao longo de todo o ano pelos bancos alimentares. Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, disse à Agência Lusa que os alimentos que vão ser recolhidos na campanha vão complementar as recolhas feitas diariamente. Além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem diariamente excedentes doados pela indústria agro-alimentar, agricultores, cadeias de distribuição e operadores dos mercados abastecedores.
Desta forma, são recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição, sendo estes excedentes recolhidos localmente e a nível nacional, de acordo com o Banco Alimentar Contra a Fome. «Queremos que os alimentos sejam um meio para que as pessoas dêem uma volta à sua vida e possam reencontrar a dignidade e, no caso dos idosos, que possam minorar as suas carências alimentares», sublinhou Isabel Jonet. De acordo com o Banco Alimentar Contra a Fome, na campanha de Maio foram recolhidos um total de 1935 toneladas de géneros alimentares em 1219 superfícies comerciais. No ano passado, os 14 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 17 500 toneladas de alimentos, equivalente a um valor global estimado superior a 27 352 milhões de euros). O primeiro Banco Alimentar nasceu em 1992 e actualmente estão em actividade 17, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objectivo comum de ajudar as pessoas carenciadas, pela doação e partilha.
Diário Digital / Lusa
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