Envolvido no caso das escutas a Belém, como a suposta fonte que terá feito chegar a notícia à Comunicação Social, o assessor da Presidência da República (PR), Fernando Lima, foi promovido por Cavaco Silva, passando a assessorar o chefe da Casa Civil do Presidente. A notícia faz manchete na edição desta terça-feira do Diário de Notícias, que cita informações divulgadas ontem no site oficial da Presidência da República, as quais anunciam ainda o nome de Ana Zita Gomes como a nova consultora de Cavaco Silva para a Comunicação Social. Quanto a Fernando Lima, é alvo, segundo o diário, de uma inegável promoção orgânica, embora se mantenha em aberto a hipótese de se tratar igualmente de uma promoção política.
Contactado pelo DN, Alfredo Barroso, ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares, não tem dúvida que sim, uma vez que «esta é uma promoção e até significa mais poder, pois lida com todas as áreas e não apenas com a da comunicação social.» Em jeito de ironia, Alfredo Barroso diz mesmo que «Fernando Lima passa a ser o “vice-chefe da Casa Civil”, o que na prática já era». A tese de Alfredo Barroso não, contudo, unânime. Um dos membros fundadores da estrutura da Casa Civil, no tempo de Ramalho Eanes, disse ao DN que não considera esta subida no organograma uma «promoção», mas sim «um arranjo interno», até porque o «assessor já é o topo, por isso, não pode subir mais. Pode é passar a consultor para ganhar mais liberdade».
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