terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nascimentos voltaram a ser superiores aos óbitos em 2008

A população residente em Portugal registou um novo abrandamento do crescimento em 2008 mas o número de nascimentos voltou a ser superior às mortes, revelam os indicadores demográficos hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2007, o número de mortes registadas em Portugal tinha sido superior aos nascimentos, o que aconteceu pela primeira vez em 90 anos. No ano passado, o número de nascimentos atingiu 104 594 (contra 102 492 em 2007), enquanto as mortes foram 104 280, o que se traduz num saldo natural de 314 e uma taxa de crescimento natural praticamente nula. Tendo em conta o crescimento migratório de 0,09 por cento, a taxa de crescimento efectivo foi de 0,09 por cento, reflectindo «um novo abrandamento no crescimento da população» depois dos 0,17 por cento em 2007, explica o INE.

Aliás, «a evolução da população residente em Portugal tem vindo a denotar um continuado envelhecimento demográfico, como resultado das tendências de aumento da longevidade e de declínio da fecundidade», segundo o INE. O índice sintético de fecundidade, que em 2000 se situou em 1,56 crianças por mulher, registou uma tendência de decréscimo, atingindo 1,33 crianças por mulher em 2007, o valor mais baixo de sempre verificado em Portugal, e 1,37 em 2008. A taxa de mortalidade infantil manteve-se abaixo dos 3,5 óbitos de crianças com menos de um ano por mil nados vivos (nos 3,3).

Entre o início da década e 2008, a esperança média de vida às nascença aumentou 2,26 anos para ambos os sexos, estimando o INE para o período 2006-2008 uma esperança média de vida à nascença de 75,49 anos para os homens e 81,74 para as mulheres. Em Dezembro do ano passado, residiam em Portugal 10 627 250 pessoas, entre as quais 15,3 por cento de jovens (pessoas com menos de 15 anos) e 17,6 por cento de idosos (a partir de 65 anos). O número de casamentos desceu para 43 228 (contra 46.329 em 2007), sendo 13 por cento entre portugueses e estrangeiros. Ao contrário, o número de divórcios cresceu de 25 411 em 2007 para 26 885 em 2008.

Diário Digital / Lusa

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