quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Panda prevê proliferação do termo «ciber-guerra» em 2010

O termo «ciber-guerra» vai tornar-se mais familiar em 2010, «à medida que aumentam os ataques pela Internet relacionados com motivos políticos», prevê a Panda Labs no seu relatório de antevisão das ameaças informáticas do próximo ano.

«Ao longo de 2009, governos de todo o mundo, incluindo dos EUA, Reino Unido e Espanha, mostraram-se preocupados com o potencial risco de ciberataques com impactos negativos nas economias ou infra-estruturas críticas», diz a Panda em comunicado. «É previsível que em 2010 ocorram ataques semelhantes, conduzidos por motivos políticos», continua. Em 2010, «falsos antivírus, bots e banker Trojans continuarão a aumentar», «os cibercriminosos continuarão a afinar as suas técnicas de engenharia social para enganar» e «veremos mais malware desenvolvido para o Windows 7 e sistemas Mac», escreve a empresa de segurança informática.

Continuará a crescer o volume de malware, já que «a maior rapidez proporcionada pelas tecnologias baseadas em cloud-computing» obrigará os «criadores de malware a desenvolver ainda mais ameaças de modo a escaparem à detecção. A Panda considera as motivações financeiras a força motriz exclusiva da criação do malware, sendo que presenciaremos «o aparecimento de inúmeros novos falsos antivírus (rogueware), bots e banker Trojans».

Paralelamente, a Panda afirma que os cibercriminosos continuarão a focar-se nas técnicas de engenharia social para infectar computadores, particularmente nas que «exploram resultados em motores de busca (conhecidos como BlackHat SEO) e redes sociais», e nas que «resultam em downloads de páginas Web». O Campeonato Mundial de Futebol na África do Sul deverá constituir outro tema explorado para espalhar malware, como falsas ofertas de bilhetes ou correio indesejado. «Recomendamos que se suspeite sempre de mensagens relacionadas com grandes eventos como este», alerta a Panda Labs.

Sobre o Windows 7, «os criminosos encarregar-se-ão de adaptar as suas criações a esta nova plataforma», já que se assiste a uma «grande aceitação deste novo Sistema Operativo por parte do mercado». «Poderá levar algum tempo, mas é possível que vejamos uma grande mudança para esta plataforma nos próximos dois anos», considera a empresa. Os telemóveis não serão o principal alvo deste tipo de ameaças, ao contrário das previsões de diversas empresas de segurança. Na base da observação está o facto de que «90% dos computadores em todo o mundo funcionam com software Windows em hardware Intel», ao passo que «as plataformas utilizadas por telemóveis são muito mais heterogéneas, com inúmeros fabricantes a utilizar diferentes hardware e Sistemas Operativos».

No entanto, «se dentro de alguns anos existirem apenas duas ou três plataformas populares» e se «os utilizadores generalizarem as transacções financeiras a partir dos seus telemóveis», talvez os cibercriminosos comecem a direccionar os seus esforços nesse sentido. Sobre os sistemas Mac, a Panda diz que «já não são tão seguros contra o malware» porque «esta plataforma é utilizada exactamente como um PC: para aceder a redes sociais, ao e-mail e à Internet, que são os principais meios de distribuição de malware».

Diário Digital

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