Se alguém tivesse morrido na tentativa de ataque, a acusação poderia propor a pena de morte. De acordo com os documentos judiciais, Abdulmutallah foi acusado de embarcar com uma «bomba escondida» e podia «detoná-la quando quisesse, causando uma explosão a bordo do voo 253». Não existe menção específica ao terrorismo nas sete páginas que formalizam o indiciamento, mas o presidente Barack Obama disse considerar o episódio um atentado frustrado contra os EUA arquitectado pela rede terrorista Al Qaeda. Segundo as investigações, o nigeriano viajou para Amsterdão, e, de lá, embarcou no voo com um pó explosivo escondido na roupa interior. Quando o voo se aproximava de cidade de Detroit (EUA), Abdulmutallab tentou detonar o pó injectando uma substância química. A sua atitude, no entanto, chamou a atenção de outros passageiros, que conseguiram contê-lo, impedindo-o de fazer explodir o aparelho. Depois da prisão, em depoimento, o nigeriano - ainda segundo as autoridades norte-americanas - admitiu ter sido treinado para a acção pelo braço iemenita da Al Qaeda.
A 19 de Novembro, o pai de Abdulmutallab alertou a embaixada dos EUA em Abuja, na Nigéria, de que o seu filho se tinha transformado num extremista islâmico. No dia seguinte, as autoridades colocaram o nome do rapaz numa base de dados conhecida como «Tide», mas não numa lista mais restrita, que o proibiria de embarcar rumo aos EUA. Abdulmutallah está na prisão federal de Milan, no Estado norte-americano do Michigan. Teve seu visto para os EUA revogado. O rapaz tinha recebido, em Junho de 2008, visto para entradas múltiplas no país, com vigência de dois anos.
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