«Estas observações contribuem para compreendermos como é que os sistemas planetários se formam e evoluem de gás e discos de poeira para estrelas e planetas», explicou William Borucki do Centro de Investigação da NASA em Moffett Field, no Estado da Califórnia. «A descoberta também mostra que o nosso instrumento [o telescópio Kepler] está a trabalhar bem. E indica que o Kepler vai alcançar todos os objectivos científicos», acrescentou Borucki, que é o principal investigador da missão. A descoberta foi anunciada ontem durante uma conferência de imprensa num encontro da Sociedade Astronómica Americana, em Washington.
As temperaturas situam-se entre os 2.200 (1204 graus Célsius) e 3.000 graus Fahrenheit (1648º C.) – superiores à temperatura da lava e quente demais para a existência de vida. Mas a missão do Kelpler está longe de terminar. «As descobertas de hoje são uma contribuição significativa para um objectivo», disse Borucki. «As observações do Kepler vão dizer-nos se existem muitas estrelas e planetas que podem acolher vida, ou se estamos sozinhos na galáxia». Os planetas extra-solares chamam-se Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b. Também conhecidos como «hot Jupiters», pela elevada densidade e temperatura extrema, os novos astros variam em tamanhos, que vão desde a dimensão de Neptuno a áreas superiores à de Júpiter.
Diário Digital
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