Obama irá delinear uma primeira série de mudanças, incluindo melhorias nas criticadas «listas de observação» de suspeitos. As medidas serão anunciadas após reuniões com assessores e chefes de inteligência, segundo fontes do governo. Um dia depois de voltar das férias no Hawai, Obama enfrenta o desafio de dedicar a sua atenção à questão da segurança nacional - repentinamente levada para o topo da sua agenda - sem descuidar de outros assuntos prementes, como a redução do desemprego e a aprovação da reforma da saúde pública.
O governo está na defensiva devido a falhas nos procedimentos de inteligência que permitiram que um nigeriano entrasse com explosivos num avião da Northwest Airlines que fazia o voo Amsterdão-Detroit no dia 25. O homem foi detido quando tentava sem sucesso explodir o avião, já perto de Detroit. Agências de espionagem dos EUA e o Departamento de Estado tinham informações sobre as ideias radicais do suspeito Umar Farouk Abdulmutallab, aparentemente ligado à Al Qaeda iemenita, mas não o colocaram na lista de pessoas proibidas de embarcar.
Funcionários da Casa Branca admitem que o caso expôs erros, mas minimizaram a necessidade de uma reforma geral no sistema de segurança pública. A oposição republicana acusa o governo Obama de ser fraco na questão da segurança, e espera usar isso a seu favor na eleição parlamentar de Novembro. O incidente mostra também que os EUA, envolvidos num prolongado conflito no Afeganistão, têm agora uma outra fonte de problemas: o Iémen, o país mais pobre da Península Arábica. Apesar da atenção que o governo e a imprensa dedicam ao caso, Obama não pretende afastar-se de outras prioridades políticas, como emprego e saúde, segundo o seu porta-voz Bill Burton.
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