terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Obama prepara reformas no combate ao terror

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende apresentar hoje novas medidas para evitar futuros ataques como a tentativa de afzer explodir um avião no dia de Natal, o que causou desgaste político ao governo devido a possíveis falhas na identificação de suspeitos de terrorismo.

Obama irá delinear uma primeira série de mudanças, incluindo melhorias nas criticadas «listas de observação» de suspeitos. As medidas serão anunciadas após reuniões com assessores e chefes de inteligência, segundo fontes do governo. Um dia depois de voltar das férias no Hawai, Obama enfrenta o desafio de dedicar a sua atenção à questão da segurança nacional - repentinamente levada para o topo da sua agenda - sem descuidar de outros assuntos prementes, como a redução do desemprego e a aprovação da reforma da saúde pública.

O governo está na defensiva devido a falhas nos procedimentos de inteligência que permitiram que um nigeriano entrasse com explosivos num avião da Northwest Airlines que fazia o voo Amsterdão-Detroit no dia 25. O homem foi detido quando tentava sem sucesso explodir o avião, já perto de Detroit. Agências de espionagem dos EUA e o Departamento de Estado tinham informações sobre as ideias radicais do suspeito Umar Farouk Abdulmutallab, aparentemente ligado à Al Qaeda iemenita, mas não o colocaram na lista de pessoas proibidas de embarcar.

Funcionários da Casa Branca admitem que o caso expôs erros, mas minimizaram a necessidade de uma reforma geral no sistema de segurança pública. A oposição republicana acusa o governo Obama de ser fraco na questão da segurança, e espera usar isso a seu favor na eleição parlamentar de Novembro. O incidente mostra também que os EUA, envolvidos num prolongado conflito no Afeganistão, têm agora uma outra fonte de problemas: o Iémen, o país mais pobre da Península Arábica. Apesar da atenção que o governo e a imprensa dedicam ao caso, Obama não pretende afastar-se de outras prioridades políticas, como emprego e saúde, segundo o seu porta-voz Bill Burton.

Diário Digital

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