terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rotações 02 Novembro 2010



O polaco venceu a prova e a Taça FIA de Bajas. Filipe Campos foi segundo e revalidou título nacional.O piloto do Mitsubishi impôs-se na SS2, aproveitando o facto de Filipe Campos ter furado. Apesar de ter sido o primeiro na estrada, Miguel Barbosa chegou a Portalegre após a realização do segundo Sector Selectivo na frente da Baja BP Ultimate 500 Portalegre. O piloto do Mitsubishi Racing Lancer começou por ter dificuldades em acompanhar o ritmo de Filipe Campos na primeira metade do SS, mas o piloto do BMW furou e isso permitiu a Barbosa voltar para o comando. O polaco Kryzstof Holowcyc foi o segundo mais rápido na especial, o que lhe permitiu ascender ao terceiro posto da geral, enquanto Boris Gadasin não foi além da sétima marca absoluta, a contas com problemas de pressão de gasolina, ocupando idêntica posição na geral, garantindo-lhe para já uma pontuação que lhe permite também revalidar a vitória na Taça FIA de Bajas.Apesar de se encontrar na sexta posição após o SS2, Rui Sousa já não largará para a estrada, com problemas de turbo na sua Isuzu.


Nuno Matos manteve a liderança entre os T2, apesar de um furo na fase final do sector selectivo, que não o forçou a parar para mudar a roda.De destacar que, ao manterem-se estas posições, Filipe Campos estava em condições de poder revalidar o seu título nacional de todo o terreno.Kryzstof Holowczyc, na Taça FIA de Bajas, e Filipe Campos, no Campeonato Nacional, acabam por ser os pilotos com maiores motivos para festejar no final da 24ª edição da Baja BP Ultimate Portalegre 500, corrida sob difíceis condições atmosféricas, com a chuva a tornar a tarefa dos concorrentes ainda mais dura. O polaco juntou ainda a vitória na prova, garantindo o seu primeiro sucesso em Portugal.Holowczyc partiu com oito pontos de desvantagem sobre o russo Boris Gadasin e praticamente só a vitória lhe interessava. E as coisas nem pareciam correr de feição para o piloto da Nissan Navara, pois Miguel Barbosa, que alinhava precisamente com o mesmo objectivo, começou por dominar o prólogo e depois impor-se no primeiro sector selectivo do segundo dia de prova, ampliando a sua vantagem na frente da classificação.No entanto, a mecânica do Mitsubishi não colaborou e Miguel Barbosa acabou por partir a correia do alternador, ficando sem carga de bateria e sendo obrigado a desistir. Com Filipe Campos atrasado no SS2 com um furo e imprimindo um andamento mais tranquilo a partir do momento em que Barbosa parou, Holowczyc acabou por ascender ao primeiro lugar e, com a desistência de Gadasin - problemas de pressão de combustível - acabou por conquistar um merecido sucesso que lhe garantiu a conquista da Taça FIA de Bajas.


“Foi incrível esta tarde", começou por afirmar Holowczyc. "Nunca tinha visto tanta água na vida. Parece que entrámos numa poça de água no início da especial e saímos no fim. Era muito fácil cometer um erro. Era um sector para quem tem sensibilidade, uma vez que não era fácil perceber onde era o limite. A organização foi perfeita, tenho feito muitas corridas e nunca vi um road-book tão perfeito, só não conseguem controlar o tempo. Estou muito contente com esta vitória."Quanto a Filipe Campos, confirmou em pleno o favoritismo que lhe era atribuído à partida da prova e, com o segundo lugar final, revalidou justamente o título nacional que ostentava: “Esta tarde foi muito difícil. Entrava água por todo o lado e o pára-brisas deixou de funcionar e por isso o Jaime (Batista) tinha que ir sempre a carregar no botão. Foi muito complicado, mas cumprimos o objectivo que tínhamos que era revalidar o título e por isso estamos muito satisfeitos. Sabíamos que este percurso da tarde faz menos lama, mas que acumula muita água, mas nunca tinha visto nada assim”.Excelente a actuação do espanhol Joan Roca Vila, que levou a sua Mitsubishi ao último lugar do pódio, enquanto o já campeão da categoria T2, Ricardo Porém, confirmou o título com mais uma vitória no agrupamento, depois de Nuno Matos ter liderado durante bastante tempo, mas acabando por ser eliminado numa tentativa de ultrapassagem a Pedro Grancha, que seguia com problemas, com os dois carros a tocarem-se e a ponteira de direcção do Isuzu de Matos a ceder.João Pais, acompanhado de José Janela, aos comandos da Mazda BT 50, inscrita pela Auto Sueco Coimbra, não só conseguiu o triunfo entre os concorrentes do Desafio ELF / Mazda 2010, como alcançou desde já o título, não tendo de esperar pelo resultado nas 24 TT Vila de Fronteira, prova que encerra a temporada. O piloto de Viseu gastou 6h44m28,7s a percorrer os 405,22 quilómetros dos três sectores selectivos que compunham a prova. A somar a este grande triunfo no Desafio ELF / Mazda 2010, que é actualmente o único troféu monomarca existente em Portugal, João Pais conseguiu ainda terminar a prova num notável 11º lugar absoluto.


“Sou jovem e nos últimos anos não choveu em Portalegre por ocasião da Baja. Assim tive a oportunidade de me estrear e viver por dentro as dificuldades, mas também a enorme emoção de sentir uma prova que, por todas estas caraterísticas, se tornou mítica. As condições meteorológicas obrigaram a uma condução muito cautelosa com índices de concentração redobrados e o José Janela teve um papel importante neste capítulo. Claro que a infelicidade de alguns dos meus adversários tornaram o caminho para a vitória mais fácil, embora a tensão de estar na luta por uma determinada posição nos ajude a manter todos os sentidos ainda mais apurados. A nossa Mazda BT 50 esteve também impecável, superando uma prova com condições extremamente adversas”, salienta João Pais que acrescenta:“A renovação do título vem coroar todo o trabalho de uma equipa e quero partilhar com todos os que comigo vivem este projecto a felicidade de me sagrar campeão um título que este ano adquire um significado ainda maior porque tem a chancela da FPAK”.


Classificação:

1 Krysztof Holowczyc * (POL ) Jean-Marc Fortin (BEL ) Nissan Navara Overdrive

2 Filipe Campos Jaime Baptista BMW X3

3 Joan Roca Vila (ESP ) Josep M. Ferrer (ESP ) Mitsubishi L200

4 José Alvo Rui Gomes Mazda CX7 Proto

5Ricardo Porém Manuel Porém Nissan Navara

6 Fernando André Luis Gomes Renault Megane

7 José Dinis Lucas Luis Tirano Mitsubishi Pajero DID

8 Bernardo Moniz da Maia Joana Sotto-Mayor BMW X3

9 Mário Dinis Lucas Francisco Luis Mitsubishi Montero

10 José Gameiro António Saraiva Nissan Off-Road 06


Vitória para António Maio sobre o piloto de Seia


Maio levou a melhor sobre Mário Patrão em mais uma vitória em Portalegre.O prematuro abandono de Ruben Faria e o atraso de Paulo Gonçalves fez com que a luta pela vitória fosse uma discussão entre António Maio e Mário Patrão. Na fase inicial o piloto da Yamaha teve dificuldade em encontrar o melhor ritmo e chegou ao CP1 a perder 21 segundos para Patrão.Depois os pilotos das duas rodas entraram numa zona do percurso em que o piso estava já bastante deteriorado pela passagem dos automóveis, e aí Maio conseguiu aumentar o ritmo e inverteu a classificação, passando para a frente por apenas dois segundos quando faltavam cerca de 90 quilómetros para o final. A partir daí foi sempre ao ataque e beneficiou dos problemas de Patrão para alargar a vantagem e vencer a corrida.


No final António Maio estava bastante satisfeito. “Foi uma corrida difícil. Não me consegui encontrar na fase inicial, os braços incharam um pouco e estava com dificuldades. Depois quando entrei na zona do percurso em que os pilotos do carro já tinham passado, ataquei. O piso estava muito estragado, ainda caí, mas na chegada à assistência 4 apanhei o Mário Patrão e a partir daí vim sempre a fundo. Foi uma corrida dura e difícil, mas estou muito contente por ter ganho”.De referir que António Maio inscreveu pela terceira vez o seu nome na lista de vencedores - depois de ter ganho em 2007 e 2008 e ser segundo no ano passado.Mário Patrão começou por comandar mas, na parte final, teve problemas de travões e não conseguiu resistir ao forcing de António Maio. “Foi uma boa corrida, difícil, com zonas com o piso já muito mau. Foi pena ter ficado sem travões na parte final, o que fez com que caísse duas vezes e por isso optei por controlar o andamento e terminar em segundo, que acaba por ser um bom resultado”.Paulo Gonçalves abandonou a cerca de 50 Km do final, quando era um confortável terceiro classificado, com problemas eléctricos na sua BMW. Deste modo, David Megre fechou o pódio, mas já a mais de 23 minutos dos dois da frente, demonstrando que o ritmo de quem lutou pela vitória era claramente outro.Luta muito interessante pela discussão dos títulos na prova de Portalegre.


Classificação:

1 António Maio Yamaha YZ 450 F

2 Mário Patrão Suzuki RMX-Z

3 David Megre KTM EXC 450 R

4 Joaquim Norte KTM EXC 530

5 João Nobre Kawasaki KXF 450

6 Frederico Fino Yamaha YZ 450 F

7 Pedro Afonso Yamaha WR 450

8 Nuno Silva Kawasaki KXF 450

9 Domingos Santos Kawasaki KX 250 F

10 Paulo Pinto dos Santos Honda CRF-R


Título para "Bertinho" no triunfo de Beto


Nos Quads havia títulos para entregar em Portalegre. Sabendo que já não podia chegar ao ceptro absoluto, Roberto Beto tinha como meta o título da classe Q1. A estratégia para a corrida passou por largar mais atrás para poder controlar melhor o rival, Toni Cunha. Assim que o passou o título ficava entregue e o piloto da KTM foi à procura da cereja no topo do bolo, a vitória em Portalegre e acabou mesmo por conseguir com grande à vontade. “Desde Góis que sabia que só podia lutar por ser campeão à classe e essa era a meta traçada para esta prova. Optei por largar mais atrás para poder controlar melhor o Toni Cunha. Quando o passei na pista sabia que seria campeão e fui à procura da vitória na corrida. Foi uma baja muito dura, sobretudo na segunda metade devido à lama e ao estado do piso depois de passarem os automóveis”.O segundo lugar ficou para João Lopes, mas de pouco serviu ao piloto que já não tinha hipóteses de ser campeão. Ainda assim, teve uma corrida difícil e pensou mesmo em desistir tal o desconforto que estava a sentir, mas na última assistência trocou de roupa e conseguiu chegar ao final no segundo posto.Na corrida para o título Humberto Pinto "Bertinho" levou a melhor. Depois de Ricardo Carvalho ter dominado o prólogo, o piloto do Suzuki conseguiu bater o rival e teve o prémio de fechar o pódio, posição suficiente para vencer o campeonato nacional.


Classificação:

1 Roberto Beto KTM 525 XC

2 João Lopes Suzuki LTR 450 Z

3 Humberto Pinto "Bertinho" Suzuki LTR 450

4 Toni Cunha KTM 525 HC

5 Carlos Sá Suzuki LTR 450

6 Ricardo Carvalho Yamaha YFZ 450 R

7 António Moreira Polaris Outlaw

8 Manuel Correia Can-Am Outlander Max 800 LTD

9 André Mendes Suzuki LTR 450

10 Nuno Filipe Rodrigues Suzuki LTR 450


Salvador Cabral/BandarraFm.