domingo, 24 de fevereiro de 2008

Demora “bizarra” na classificação de campo da batalha

O autarca de Trancoso considera “bizarro” que o processo de classificação do Campo da Batalha de São Marcos (1385), como monumento nacional, esteja a ser atrasado no IGESPAR, apesar de aprovado pelo ex-IPPAR.
“É bizarro que tenha sido aprovada pela ministra da Cultura e pelo ex-IPPAR e não seja publicado”, lamentou. A Câmara de Trancoso, em colaboração com a Fundação Aljubarrota tem vindo a desenvolver um campo arqueológico no local.

As duas entidades assinaram, aliás, um protocolo para criação de um Centro de Interpretação da Batalha.Júlio Sarmento referiu que o “processo de classificação tem vindo a emperrar, com graves consequências na requalificação, dignificação e funcionamento do campo de batalha”.Para o local da batalha, disputada a 29 de Maio de 1385, está previsto um Centro de Interpretação e um Núcleo Museológico, com o espólio encontrado ou a encontrar nas escavações arqueológicas e um auditório, num investimento que ronda os três milhões de euros.
Os conteúdos previstos incluem uma réplica animada da batalha que opôs portugueses e castelhanos e que, segundo a tradição, deu a vitória às forças lusas que colocaram os invasores, a mando de D. João I de Castela, a “pão e laranjas”. Aliás, a distribuição de laranjas às crianças é o ritual que ocorre anualmente no ferido municipal de Trancoso, em 29 de Maio, em memória daquela refrega.
O Campo da Batalha de Trancoso vai ficar em rede com os campos das batalhas de Aljubarrota e Atoleiros, todas ocorridas em 1385.


José Domingos / AsBeiraOnline

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