Actualização do subsídio para o transporte de doentesO montante da actualização vai ser decidido hoje numa reunião entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro
As corporações de bombeiros da Beira Interior estão ao lado da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) na exigência de uma actualização do subsídio concedido para o transporte de doentes pelo Ministério da Saúde, motivado pela subida do preços dos combustíveis. O apoio actual, que não sofre alterações há dois anos, é de 40 cêntimos por quilómetro. A LBP defende uma actualização do preço, no mínimo, para 60 cêntimos por quilómetro.
As corporações de bombeiros da Beira Interior estão ao lado da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) na exigência de uma actualização do subsídio concedido para o transporte de doentes pelo Ministério da Saúde, motivado pela subida do preços dos combustíveis. O apoio actual, que não sofre alterações há dois anos, é de 40 cêntimos por quilómetro. A LBP defende uma actualização do preço, no mínimo, para 60 cêntimos por quilómetro.
“Estamos inteiramente em sintonia com a LBP”, disse ao Diário XXI António Antunes, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Castelo Branco, considerando que “o aumento em mais 20 cêntimos é o mínimo que podemos aceitar”. Na quarta-feira, após uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Jorge, o presidente da LBP, Duarte Caldeira, sustentou que existe “aceitação pelo Ministério da Saúde da necessidade de fazer incidir sobre o preço do quilómetro uma actualização que compense o aumento dos preço dos combustíveis”.
António Antunes avança que o custo real do transporte “ronda os 80 cêntimos por quilómetro”, sendo a diferença em relação ao subsídio estatal “é paga com o esforço dos voluntários que fazem o trabalho de profissionais”.António Antunes, também comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, está expectante em relação à reunião que decorrerá hoje entre a LBP e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, onde o montante da actualização será decidido. Entretanto, recorda que “o Governo deu aos empresários a indicação de que os custos inerentes ao aumentos do preço dos combustíveis deveriam ser imputados aos clientes finais” e, na perspectiva do transporte de doentes “o Ministério da Saúde é o cliente final dos bombeiros”. “Deviam ser coerentes e aplicar o que recomendam aos outros”, acrescenta.
Também Gil Barreiros, presidente interino da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda, defende que “o Estado tem dois pesos e duas medidas, uma para os outros e outra para ele próprio”. Porque se trata de “um serviço social, em que quem sofre ficaria sem resposta, uma forma de protesto firme pelos bombeiros está posta de parte”, no entanto, “todas as corporações estão muito aflitas, já que garantem um serviço essencial com gastos altamente deficitários”. Os presidentes de todas as federações de bombeiros reúnem-se na segunda-feira, em Santarém, onde irão aceitar ou não os resultados das negociações com o Ministério da Saúde.
Caso aceitem, a actualização deverá entrar em vigor a 1 de Julho.
Diferentes patamares mínimos
Questionado sobre a possibilidade de o Ministério da Saúde acolher a proposta de 60 cêntimos, Duarte Caldeira disse que a actualização será feira tendo em conta a "capacidade orçamental" do Ministério, tendo o transporte de doentes "uma incidência muito forte". "Nós (LBP) temos um patamar mínimo e o Ministério da Saúde tem outro. Temos que aproximar os dois e chegar a um acordo razoável", sublinhou, acrescentando que aos bombeiros não interessa um ajuste qualquer.
Diario XXI / Lusa
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