terça-feira, 3 de junho de 2008

Câmara de Celorico é a mais lenta a pagar facturas na Beira Interior

Celorico da Beira é o município que demora mais tempo a pagar a fornecedores enquanto a Câmara de Castelo Branco é a mais cumpridora no conjunto dos 25 municípios da Beira Interior, de acordo com os dados divulgados pela Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), na sexta-feira.
Os dados constam da actualização da lista do prazo médio de pagamento, registado por autarquia no final do quarto trimestre de 2007. A Câmara de Celorico da Beira demora, em média, 749 dias a pagar os serviços que lhe são prestados e os bens que lhe são fornecidos – em termos nacionais, o recorde pertence a Silves, com 1.154 dias. A autarquia liderada pelo socialista José Monteiro surge assim na liderança dos municípios mais incumpridores na lista actualizada pela DGAL, em termos regionais. No primeiro relatório, apresentado a 30 de Abril e relativo ao terceiro trimestre do ano passado, Celorico da Beira não integrava o ranking, pois não entregou a documentação que permitia os cálculos.
No primeiro relatório, a Câmara da Covilhã surgia no 12º lugar caindo agora para o 20º posto, mantendo, porém, o mesmo prazo de 382 dias.

FUNDÃO ENTRA NO RANKING
Depois da Covilhã, surgem os municípios de Trancoso (305 dias), Fornos de Algodres (290), Seia (171) e Fundão, com 162 dias. O município liderado pelo social-democrata Manuel Frexes foi outro dos que não integrou o primeiro relatório, por não ter fornecido a documentação necessária.
Ainda assim, o prazo avançado pela DGAL é superior aos quatro meses de prazo médio de pagamento calculado por Carlos São Martinho, vice-presidente da Câmara do Fundão, em declarações ao Diário XXI, a meio do mês. A Câmara da Sertã, liderada pelo socialista José Paulo Farinha figura entre os oito municípios que, segundo a DGAL, continuam ainda sem fornecer dados necessários aos cálculos.
A 22 de Fevereiro entrou em vigor o programa governamental "Pagar a Tempo e Horas", destinado a reduzir os prazos de pagamento a fornecedores de bens e serviços pelas entidades públicas.

Ao abrigo do programa, que estabelece como meta de longo prazo um período médio de pagamento entre 30 a 40 dias, as regiões autónomas e os municípios poderão contratualizar empréstimos de médio e longo prazo, "financiados maioritariamente por instituições de crédito e, maioritariamente, pelo Estado, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças". Os empréstimos destinam-se a substituir a dívida comercial através da afectação dos fundos ao pagamento de dívidas a fornecedores.
Diário XXI

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