quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Incendiários são na maioria homens e sem motivação económica

Os autores do crime de incêndio florestal são, maioritariamente, homens, agem sozinhos e sem motivação económica, indica um estudo sobre o perfil do incendiário florestal que é hoje apresentado.

O estudo da Polícia Judiciária (PJ), financiado pela Autoridade Florestal Nacional, apresenta dados recolhidos desde 2001 até este ano e engloba 193 indivíduos do Continente e da Madeira. Nos Açores praticamente não ocorrem incêndios florestais.
A coordenadora do estudo, Cristina Soeiro, disse à Agência Lusa que o autor de um fogo florestal tem geralmente como «motivação a resolução de um problema pessoal», podendo muitas vezes também estar relacionado com «desequilíbrios» mentais do incendiário. Cristina Soeiro sublinhou, também, que não é um crime organizado.

O estudo sobre o perfil do incendiário florestal é um instrumento de trabalho para a actividade das equipas que investigam os incêndios em Portugal, servindo agora de modelo para as autoridades espanholas, refere o Ministério da Justiça em comunicado.
Entre 2004 e 2008, a PJ foi responsável por 7.513 inquéritos que levaram a 240 detidos por incêndio florestal.
Diário Digital / Lusa

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