O secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, veio esta segunda-feira rebater as acusações de falta de coordenação das autoridades na resposta ao mau tempo, mas acabou por admitir que houve “uma ou outra falha”. É uma resposta ao PSD, que pediu a audição urgente de Arnaldo Cruz, presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil. O PS concorda com a audição.
"Rejeito liminarmente as críticas à ausência de coordenação e falta de articulação entre os agentes" de socorro, afirma o secretário de Estado, para quem a operação do dispositivo da Protecção Civil foi "bem sucedida". Embora alege que a questão está a “ser mediaticamente empolada”, o responsável político admite, no entanto, “uma ou outra falha”, que só se poderá justificar na existência de vários níveis de resposta na Protecção Civil, o municipal, o distrital e o nacional. Em relação à intenção do PSD de pedir uma audição com urgência do presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o membro do Governo manifesta toda a “sua disponibilidade” para ir ao Parlamento dar todas as informações que os deputados considerem pertinentes.
Arnaldo Cruz, responsável da Protecção Civil, também já se demonstrou disponível para responder a todas as questões que os deputados lhe queiram colocar. PSD quer ver o que falhou para corrigir no futuro O Partido Social-Democrata quer ouvir as explicações do Presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil com carácter de urgência sobre o “que falhou” na resposta ao mau tempo. A resposta das autoridades públicas, nomeadamente das coordenadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, foi considerada deficiente pelo grupo parlamentar do PSD, o principal partido da Oposição, razão suficiente para pedir a audição urgente do seu presidente. O PSD quer que Arnaldo Cruz, o mais alto responsável pela Autoridade Nacional de protecção Civil, vá à Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias explicar aos deputados o que aconteceu. "Esta intempérie foi prevista com alguns dias de antecedência, a própria Protecção Civil foi lançando os alertas, mas depois algo não funcionou.
É evidente que em alguns casos houve falta de coordenação", diz Luís Montenegro. "Foram três ou quatros dias em que centenas de pessoas se envolveram nas consequências do frio com responsabilidades acrescidas das entidades públicas. Queremos ver, entre o alerta e as medidas subsequentes, o que falhou e que o que é necessário corrigir para que cidadãos não tenham esta insegurança", justificou. "Queremos obter respostas sobre o que aconteceu menos bem e preparar o terreno para o futuro", reforçou o social-democrata. "O próprio Ministério da Administração Interna há três dias que não diz nada", assinalou Luís Montenegro. "Não pomos fora de hipótese de ouvir o ministro da Administração Interna", adiantou.
RTP / BandarraFm
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