As indicações que chegam do terreno referem esta como uma das noites em que se produziram os combates mais violentos desde que as forças terrestres israelitas entraram na Faixa de Gaza. Por outro lado, de acordo com informações avançadas por um porta-voz militar, uma patrulha israelita terá sido alvejada a tiro a partir do território da Jordânia, no Sul de Israel, um tipo de incidente muito raro entre estes países que em 1994 firmaram um acordo. "Uma patrulha de guardas fronteiriços foi alvejada junto do ponto de passagem Yitzhak Rabin por tiros disparados a partir da Jordânia, por desconhecidos, tendo ripostado", declarou aquela fonte.
A caminho do Médio Oriente está o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, tendo lançado antes da partida novo apelo a Israel e ao Hamas para que ponha, fim imediato às hostilidades. Antes, o primeiro-ministro israelita deixara entender que o ataque a Gaza poderá não estar longe do fim. Ehud Olmert acrescentou que a ofensiva está prestes a atingir os objectivos. União Europeia preocupada com população palestiniana A UE quer que seja realizada uma conferência de doadores para responder às necessidades de uma população que está a braços com uma crise em bens essenciais há mais de duas semanas.
Nesse sentido, e depois de várias organizações humanitárias terem lançado alertas sobre as condições degradantes em que vivem os civis na Faixa de Gaza, a Presidência checa da União deverá avançar em breve com uma conferência internacional para discutir a situação humanitária da população palestiniana. Médicos acusam Israel de usar Gaza para testar armamento Dois médicos noruegueses da ONG pró-palestiniana NORWAC acusam o exército israelita de nos ataques contra Gaza estar a testar o DIME (Dense Inert Metal Explosive), uma arma pouco conhecida que produz uma explosão muito poderosa num raio limitado. De acordo com os médicos, que regressavam à Noruega após 10 dias na Faixa de Gaza, Israel está a usar contra os palestinianos "uma nova geração de explosivos muito poderosos de fraco volume e cuja potência se dissipa numa zona de cinco a dez metros".
A revelação foi feita numa conversa com os jornalistas, no aeroporto Gardermoen de Oslo, por Mads Gilbert, 61 anos, e Erik Fosse, 58. Os dois clínicos afirmam ter observado no Hospital Al-Shifa de Gaza ferimentos que apontam para a utilização de projécteis DIME. "Não vimos as vítimas afectadas directamente porque a maioria está despedaçada ou não sobrevive", declarou Gilbert, sublinhando que viram "algumas amputações extremamente brutais (...) sem ferimentos por estilhaços, que suspeitamos fortemente tenham sido causados por armas DIME". "Creio que há uma forte suspeita de que Gaza está actualmente a ser utilizada como um laboratório de ensaios para novas armas", acrescentou Gilbert, que citou estudos segundo os quais os ferimentos causados pelas armas DIME podem causar cancros mortais em apenas meses.
RTP
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