Autarcas de todo o país que viram aprovadas verbas do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas (PRED) do Estado destacaram a importância desta medida para resolver os problemas de tesouraria e injectar mais dinheiro nas economias locais.
Um dos concelhos que mais beneficiou deste pacote de apoios foi a Câmara da Nazaré, que recebe 12,4 milhões para liquidar entre outras dívidas, pagamentos atrasados a fornecedores que perfazem dez por cento do passivo total. O presidente da autarquia, Jorge Barroso (PSD) mostrou-se contente com esta solução que representa "um esforço do Governo", até porque a "autarquia transferiu parte das dívidas aos fornecedores para a banca"."Neste momento, a nossa maior fatia da dívida é aos bancos", disse Jorge Barroso, lembrando que se fosse possível transformar esta dívida a longo prazo, "aliviava a carga orçamental do município"."Com a verba do programa vamos conseguir pagar algumas situações que não estão pagas", acrescentou o autarca, que defendeu a necessidade de ser encontrado o "equilíbrio financeiro", num ano, sublinhou, em que se prevê uma descida das receitas ao nível dos impostos municipais.
Mais no interior, presidente da Câmara da Guarda, Joaquim Valente (PS) mostrou-se hoje "muito satisfeito" com a decisão que lhe atribui 17,3 milhões, uma verba para liquidar dívidas de curto prazo para com fornecedores, existentes até à data de 30 de Julho de 2008. Joaquim Valente admitiu hoje à Lusa que a verba permitirá "pagar aos credores" da Câmara Municipal e irá "aliviar o esforço financeiro" do município, constituindo uma "medida que tem a particularidade de injectar dinheiro na economia local" e permitirá que a autarquia transforme "um financiamento de curto prazo num financiamento de médio e longo prazo, com vantagens muito grandes".Como a aprovação, por parte da Direcção-Geral do Tesouro (DGT), não atingiu o valor global da candidatura, ficando 1,3 milhões por incluir, o autarca adiantou que a autarquia tenciona pagar esse montante de acordo com as receitas que a Câmara tem".
Perto do Grande Porto, o pequeno concelho de Castelo de Paiva vai receber 8,75 milhões de euros, uma verba que se destina "a liquidar dívidas a fornecedores e, num caso, a pagar uma dívida do Estado de 400 mil euros relativa à construção de uma biblioteca que ter saldado", afirmou à Agência Lusa o presidente da autarquia, Paulo Teixeira (PSD)."A seguir à recente visita ao nosso concelho por parte do Presidente da República, esta decisão é mais uma grande notícia no início do ano para Castelo de Paiva", acrescentou o autarca, que aguarda agora conhecimento oficial por parte da DGT.
Mais a sul, em Ourique, a Câmara apresentou dois pedidos de empréstimos num total de 3,2 milhões de euros, "o máximo que podia", mas só vai poder contrair 2,9 milhões, explicou o presidente da Câmara, Pedro do Carmo (PS)."Os 300 mil euros que ficaram de fora não são muito significativos", disse o autarca, salientando que os 2,9 milhões de euros, dos quais 60 por cento serão contraídos numa instituição bancária e 40 por cento concedidos pela DGTF, vão permitir à autarquia pagar "grande parte" da dívida de "4,5 milhões de euros" a credores privados.
"É uma oportunidade para a Câmara regularizar as dívidas" e "atenuar a pressão diária e directa dos credores", que "vão receber mais depressa os valores em atraso", frisou.
No Algarve, Silves recebe 15 milhões de euros ao abrigo daquele programa, uma verba que corresponde ao foi pedido pela autarquia. "Vamos conseguir pagar na totalidade as dívidas a fornecedores e empreiteiros", disse Isabel Soares, que justifica esta aprovação plena tem a ver com a capacidade de endividamento do município."Não quer dizer que não haja outros que não precisem também de montantes como este, mas talvez tenha a sua capacidade de encaixe fosse menor", concluiu a única mulher a liderar uma autarquia no Algarve.
No Algarve, Silves recebe 15 milhões de euros ao abrigo daquele programa, uma verba que corresponde ao foi pedido pela autarquia. "Vamos conseguir pagar na totalidade as dívidas a fornecedores e empreiteiros", disse Isabel Soares, que justifica esta aprovação plena tem a ver com a capacidade de endividamento do município."Não quer dizer que não haja outros que não precisem também de montantes como este, mas talvez tenha a sua capacidade de encaixe fosse menor", concluiu a única mulher a liderar uma autarquia no Algarve.
Segunda-feira à noite, a Direcção-geral do Tesouro divulgou a lista das 69 Câmaras que viram aceites as candidaturas ao PRED, num montante global de 415 milhões de euros.
Deste pacote ficaram excluídas dez autarquias, entre as quais quatro Câmaras do norte do país, que viram recusadas as suas candidaturas.Em nota divulgada pela DGT, aquele organismo refere que irá contactar todos os candidatos não elegíveis "para expor o fundamento da decisão".
Do total de 415 milhões autorizados, 166 milhões de euros serão atribuídos pelo Estado, enquanto que os restantes 249 milhões de euros serão facultados por instituições de crédito.
Este programa não serve para pagar obra nova, mas sim para saldar dívidas já assumidas. Por este motivo, as autarquias que receberem estes montantes do PRED não verão o endividamento líquido afectado, por se tratar de uma reformulação contabilística.
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Lusa/Rtp
Deste pacote ficaram excluídas dez autarquias, entre as quais quatro Câmaras do norte do país, que viram recusadas as suas candidaturas.Em nota divulgada pela DGT, aquele organismo refere que irá contactar todos os candidatos não elegíveis "para expor o fundamento da decisão".
Do total de 415 milhões autorizados, 166 milhões de euros serão atribuídos pelo Estado, enquanto que os restantes 249 milhões de euros serão facultados por instituições de crédito.
Este programa não serve para pagar obra nova, mas sim para saldar dívidas já assumidas. Por este motivo, as autarquias que receberem estes montantes do PRED não verão o endividamento líquido afectado, por se tratar de uma reformulação contabilística.
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Lusa/Rtp
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