segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fora de perigo polícias baleados na Amadora

Os dois agentes da PSP - com 25 e 26 anos - estão "livre de perigo". Um deles já teve alta hospitalar. O outro foi submetido a uma "intervenção cirúrgica com sucesso", disse fonte hospitalar. Os polícias foram baleados por dois indivíduos encapuzados no bairro de Santa Filomena, na Amadora, quando estavam a averiguar uma situação relacionada com um assalto a uma viatura.

A polícia referenciou cinco suspeitos de estarem envolvidos no tiroteio que feriu com gravidade dois agentes da PSP da Amadora. Ao final da noite de domingo a porta-voz da direcção nacional da PSP afirmou que se trata de "cinco pessoas identificadas como perigosas, com antecedentes criminais". Por volta das 15h00 de ontem a PSP da Amadora recebeu um alerta sobre "5 elementos" que estariam a assaltar uma viatura e destacou um carro patrulha com dois elementos para o local. Os dois polícias foram feridos com tiros de caçadeira por dois indivíduos encapuzados que fugiram a pé para o interior do Bairro de Santa Filomena. As autoridades fizeram pouco depois um cerco ao bairro que durou até às 21h05. Os responsáveis pelo tiroteio não foram capturados.
Em comunicado, o Minstério da Administração Interna informou que "o ministro deslocou-se ao Hospital de S. José, acompanhado pela Governadora Civil de Lisboa, para visitar os dois agentes da PSP feridos. O MAI inteirou-se do estado de saúde dos agentes feridos e desejou-lhes um restabelecimento rápido". Também ontem, Rui Pereira deslocou-se à divisão da PSP na Amadora onde "manifestou a sua confiança na acção de polícia, tendo em vista a detenção e a sujeição à justiça dos dois autores dos crimes contra os agentes da autoridade", lê-se ainda na nota do Ministério.
Preocupados com "o aumento considerável do número de agressões a agentes da autoridade", os dois sindicatos representativos dos agentes e oficiais da Polícia de Segurança Pública exigiram do Governo uma "reflexão rigorosa". "Temos assistido a um aumento considerável do número de agressões a agentes da autoridade", disse o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues. "Existe um sentimento de impunidade por parte de quem agride, apesar de ser crime público", acrescentou. No mesmo sentido, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia afirmou "que não há por parte de terceiros qualquer medo de agredir ou causar a morte a agentes da autoridade". Armando Ferreira acrescentou que "são necessárias alterações na moldura penal dos crimes contra agentes". Os representantes sindicais exigem "melhores meios e equipamentos" para responder a "situações ainda mais complicadas" no futuro.

Rtp, Alexandre Brito

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