Sporting-Paços de Ferreira: Paulo Bento fala de ansiedade

O treinador do Sporting atribuiu «à ansiedade» a quebra da equipa nos últimos 20 minutos de cada uma das partes do jogo de hoje frente ao Paços de Ferreira, da quarta jornada da Liga de futebol.

«Os jogos não se resolvem nas fases iniciais e quando uma equipa ainda não está com os níveis de confiança adequados, não pode perder a tranquilidade e a paciência no jogo», disse Paulo Bento.O treinador «leonino» considerou que o Sporting controlou o jogo até aos 25 minutos, período durante o qual «circulou a bola e deu profundidade ao jogo», até que chegou a «ansiedade»: «Fez com que passássemos a fazer um jogo mais directo e a perder a bola mais vezes».Na segunda parte, as entradas de Matias Fernandez e Hélder Postiga mudaram "a forma de jogar da equipa", que passou a ter "um domínio absoluto, ao melhorar as transições defensivas e ao criar mais oportunidades de golo". "Com excepção daquela oferta (de André Marques), aos 44 minutos, não permitimos ao Paços criar nenhuma oportunidade de golo", lembrou Paulo Bento.

Sobre a estreia do espanhol Ângulo, discordou que tivesse ficado aquém do esperado, visto que havia "condicionantes tais como o pouco tempo de treino e duas viagens desgastantes", considerando que o espanhol só "sentiu dificuldades quando a equipa perdeu qualidade nos últimos 20 minutos da primeira parte". O treinador do Sporting fez ainda alusão ao erro grosseiro de André Marques, à beira do intervalo, que quase resultou em golo para o Paços de Ferreira, ao referir que a sua substituição no início da segunda parte "nada teve a ver com esse erro". Para Paulo Bento, "nenhum erro individual é susceptível de abalar a confiança num dos seus jogadores". Quanto ao atraso de cinco pontos para o Sporting de Braga e três pontos para Benfica e FC Porto, Paulo Bento desvalorizou-os por ser ainda "muito cedo para fazer essas contas".

Lembrou que o pior jogo do Sporting aconteceu "frente ao Sporting de Braga" e realçou a importância "da vitória em Coimbra, frente à Académica", a qual foi alicerçada na "segurança defensiva", aspecto que os jogadores "vão melhorando à medida que forem ganhando confiança, o que só se consegue com vitórias". Por seu turno, o treinador do Paços de Ferreira, Paulo Sérgio, considerou que o jogo "ficou marcado pelas lesões de Kelly e Filipe Anunciação", as quais "obrigaram a reformular a estrutura e a fazer entrar jogadores com características diferentes".
O responsável técnico pacense disse ainda que a sua equipa "sentiu cansaço" na parte final do jogo, altura em que sofreu o golo de Liedson, "um golo que não se pode consentir e que custou muito caro ao Paços de Ferreira".

Diário Digital / Lusa